FÓRUM DOS PRESIDENTES I: Oportunidades de Negócios foi o tema do segundo painel

Conectar cooperativas e criar oportunidades de negócios. Este foi o objetivo do segundo painel do Fórum dos Presidentes, na sexta-feira (16/06), no Recanto das Cataratas, em Foz do Iguaçu. Mediado pelo diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, o painel reuniu o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini, o diretor comercial de Mercado Externo da Aurora Coop, Dilvo Casagrande, o presidente da Cajamar Bank (Espanha), Eduardo Baamonde Noche, a gerente de Competitividade da Apex Brasil, Clarissa Furtado, e o coordenador Geral de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura, Dalci Bagolin.

Colaboração - Ao programar esse painel, o Sistema Ocepar focou em promover colaboração e a parceria entre cooperativas em áreas de negócio complementares. Por esse motivo, as cooperativas convidadas fizeram um relato de suas atividades para que as demais pudessem conhecer as linhas de atuação e, a partir disso, refletir sobre boas práticas que também podem adotar ou áreas em que possam trabalhar juntas para criar novas oportunidades de negócios que beneficiem todas as partes envolvidas. Os tópicos abordados no painel incluíram o compartilhamento de bens ou insumos para a produção, investimentos estratégicos e outras ações voltadas ao fortalecimento dos negócios.

Coamo - O painel foi aberto com a apresentação da Coamo Agroindustrial Cooperativa, cooperativa fundada em 1970, por 79 produtores em Campo Mourão, e que hoje se destaca entre as maiores do Brasil e da América Latina. A Coamo possui 114 unidades de recebimento e 30.738 Cooperados. Está presente em 74 municípios dos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Conta com 8.951 funcionários e recebe 7,470 milhões de toneladas de grãos, volume que corresponde a 2,8% da produção brasileira. “Nossa vocação é produzir grãos. E nossa estratégia é agroindustrializar”, destacou o presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini.

Aurora Coop - Ao falar sobre a Aurora Coop, o diretor de Mercado, Dilvo Casagrande, apresentou a vasta linha de produtos voltados ao varejo e destacou as estratégias da cooperativa para manter-se competitiva e perene. “A Aurora Coop é uma cooperativa central formada por 11 cooperativas singulares localizadas nos estados de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul”, afirmou. Segundo ele, a cooperativa apoia as filiadas que, por sua vez, dão suporte aos empresários rurais. “Juntas, a Cooperativa Central Aurora Alimentos e as filiadas representam 129 mil famílias, seguindo os valores da cooperação em mais de 700 municípios brasileiros onde a Aurora Coop está presente. Esse universo associativo é composto por 76 mil famílias associadas, 13 mil colaboradores das cooperativas filiadas e outros mais de 40 mil colaboradores diretos da Aurora Coop”, contou.

Cajamar Bank - Saindo do ramo agropecuário, o próximo painelista trouxe não apenas uma visão do cooperativismo de crédito, mas também a experiência do modelo cooperativista adotado na Europa. A Cajamar Caja Rural é a principal cooperativa de crédito na Espanha, com mais de 1,6 milhão de membros e 3,7 milhões de clientes. É a principal entidade do Grupo Cooperativo Cajamar, reportando ativos de 62.982 bilhões de euros. Como entidade nacional, está presente em todas as comunidades e cidades autônomas espanholas. Com base na sua dimensão e volume de ativos, é uma das dez principais entidades bancárias do sistema financeiro espanhol. “Vir para o Fórum de Presidentes foi uma experiência muito rica, porque, além da oportunidade de mostrar o que somos e como trabalhamos, pudemos conhecer o modelo cooperativista adotado no Paraná e iniciar um movimento de aproximação importante que pode resultar em troca de experiência e parcerias de negócios”, disse.

Apex Brasil - Na sequência, Clarissa Furtado, gerente de Competitividade daAgência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), fez um relato do papel da Apex como promotora dos negócios internacionais do país. “A Apex é um Serviço Social Autônomo vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE). Somos uma entidade sem fins lucrativos, atuamos para promover os produtos brasileiros no exterior, atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira e apoiar a internacionalização de empresas brasileiras. A mensagem que quero deixar aqui é que a cooperativas podem contar com o nosso apoio”, afirmou.

Mapa - Para encerrar o painel, Dalci Bagolin, coordenador geral de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura, lembrou que o Mapa éresponsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor. As atividades de promoção comercial ficam vinculadas à Secretaria de Comércio e Relações Internacionais. “Na minha avaliação, o principal ponto que precisamos trabalhar em conjunto é a comunicação. O exterior não tem uma visão clara da nossa agropecuária. O mercado internacional acha, por exemplo, que aqui temos apenas grandes propriedades. No entanto, temos médias e pequenas e também diferentes biomas. Temos que levar as cooperativas ao redor do mundo e comunicar o que temos aqui”, concluiu.

FOTOS: Hidalgo José