IBGE: Agricultura puxou PIB do Paraná para baixo em 2005

A pesquisa ''Contas Regionais do Brasil - 2002-2005'' divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que as regiões Sudeste e Centro-Oeste elevaram sua participação na economia do País, que continua concentrada em sete Estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Santa Catarina que juntos, representam mais de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O Amazonas foi o Estado de maior variação do volume do PIB em 2005 em relação a 2004 (10,2%), enquanto o Paraná teve queda de 0,1% e o Rio Grande do Sul de 2,8%.

Seca e aftosa prejudicaram Estado - O coordenador do curso de Economia da Centro Universitário Franciscano do Paraná (Unifae)), Gilmar Mendes Lourenço, explicou que em 2005, o Paraná foi bastante atingido pela estiagem, pela crise da febre aftosa que estourou em outubro, pela valorização do real frente ao dólar e pela queda dos preços das commodities no mercado internacional. ''Estes quatro fatores explicam o desempenho ruim da economia do Paraná em 2005'', disse.

Crescimento abaixo da média - No ano passado, o PIB do Paraná fechou com crescimento de 1,4% enquanto o brasileiro cresceu 3,7%. ''Ano passado foi ruim para o agronegócio devido à estiagem e ao câmbio'', destacou. Na quinta-feira da semana passada, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) estimou que o PIB do Paraná deve crescer 6% em 2007. ''A projeção do Ipardes para 2007 mostra a economia paranaense mostrando recuperação com o aumento da renda do agronegócio, o bom desempenho do valor das commodities, o aumento dos salários e a recuperação do crédito'', explicou. Segundo ele, a projeção é que o PIB do Paraná cresça mais que o Brasil em 2007. A estimativa para o Brasil é de 4,7% de crescimento do PIB.

8.º lugar - Segundo dados divulgados ontem pelo IBGE, o Distrito Federal continuava em 2005 com o maior PIB per capita (R$ 34.510). Neste mesmo ano, São Paulo (R$ 17.977) tomou do Rio de Janeiro (R$ 16.052) a segunda posição neste ranking. O quarto colocado foi Estado de Santa Catarina (R$ 14.539), seguido de Espírito Santo (R$ 13.846), Mato Grosso (R$ 13.365) e Rio Grande do Sul (R$ 13.310). O Paraná ficou na oitava colocação com PIB per capita de R$ 12.339. (Folha de Londrina)