Manejo para prevenção e controle do milho tiguera na cultura da soja
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O Departamento Técnico da Cocari (Detec) atua de maneira expressiva no combate ao milho tiguera, de modo a preservar as lavouras dos cooperados e proporcionar um desempenho otimizado na cultura da soja.
Segundo o consultor Técnico do Centro Tecnológico da Cocari (CTC), João Gabriel Battalini, o milho tiguera, embora seja uma planta cultivada, torna-se prejudicial quando aparece no meio de outras culturas. Ele explica que essa planta compete por recursos essenciais como água, luz, CO₂ e nutrientes, e ainda promove a inibição química no desenvolvimento da soja, um fenômeno conhecido como alelopatia. “A presença de apenas uma planta de milho tiguera por metro quadrado pode resultar em perdas de até 20% na produtividade da soja. Em densidades populacionais mais altas, essa redução pode ser ainda maior", alerta o consultor.
Além disso, Battalini ressalta que o milho tiguera não só reduz a produtividade, mas também favorece a proliferação de pragas, funcionando como uma ponte verde que sustenta a sobrevivência de insetos.
Estratégias de controle e redução de riscos
Battalini recomenda o uso de herbicidas eficazes, especialmente graminicidas, no caso do milho tiguera ser resistente ao glifosato e glufosinato. Para as plantas em estágios iniciais (até V2-V3), podem ser utilizados herbicidas como Clethodim, Sethoxydim, Fluazifop e Haloxyfop, reconhecidos pela eficiência. Já para as plantas em estágios mais avançados (V6-V8), os herbicidas fluazifop e haloxyfop são as melhores opções. No manejo outonal, a combinação de 2,4-D com graminicidas é comumente utilizada, porém a dose do graminicida deve ser aumentada em 20% para compensar o efeito antagônico da mistura. (Assessoria de Imprensa Cocari)