PRC 200: Cooperativas discutem alternativas de financiamentos para viabilizar projetos de expansão

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O Brasil deve colher 310,6 milhões de toneladas de grãos na safra 2022/2023. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), este volume representa um incremento de 38,8 milhões de toneladas em relação à safra anterior. No Paraná, mais de 60% de tudo o que é colhido no campo tem um destino certo: as cooperativas agropecuárias. Isto dá uma dimensão da importância desses empreendimentos em todas as etapas do ciclo de produção, da escolha da semente à comercialização do alimento para mercado consumidor. “É muita responsabilidade, tanto de investimento quanto de fluxo de caixa”, avalia o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. Para dar conta dessa missão, somente em 2022, as cooperativas investiram cerca de R$ 6 bilhões, principalmente, na ampliação e modernização de suas estruturas, agroindústrias, armazéns etc. Mas uma questão desafia esses planos: onde e como conseguir os recursos necessários para continuar crescendo e investindo?

Alternativas - A busca por fontes alternativas de captação de recursos foi pauta da reunião desta quarta-feira (01/03), entre o Sistema Ocepar e as cooperativas agropecuárias que representa. “O PRC200, que é como chamamos o planejamento estratégico conjunto das cooperativas, tem um projeto específico para tratar da questão econômica e financeira das cooperativas. Este assunto é uma de nossas prioridades porque precisamos nos articular para atender as demandas por recursos para investimentos”, comentou Ricken, ao abrir a reunião. O encontro de ontem, o 11º desde que o Projeto 2 foi iniciado, focou em duas questões:  alternativas de financiamento de longo prazo e estruturação de operações das cooperativas por meio de uma securitizadora própria. Também participaram do encontro o diretor da Ocepar e coordenador nacional do ramo agropecuário, Luis Roberto Baggio, o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti, o coordenador do Projeto 2, Devair Mem, coordenadores e analistas das gerências técnica e de cooperativismo.

Estratégia conjunta - Como convidados, participaram da reunião representantes do Rabobank, grupo bancário e de serviços financeiros sediado na Holanda, e o consultor Ademiro Vian, que auxilia no desenvolvimento de um estudo de viabilidade de constituição de uma securitizadora para o sistema cooperativista do Paraná.  “Essa aproximação com o Rabobank é importante, tendo em vista que se trata de um tradicional apoiador do agronegócio. A intenção é analisar em quê e como o Rabobank pode nos ajudar.  Sobre a securitização, a principal questão é pensar numa ação conjunta. Ações isoladas são válidas, porém, temos que ter cuidado com a pulverização”, disse Ricken. “Precisamos nos posicionar de maneira estratégica. Vamos pensar num modelo que seja adequado para o tamanho do cooperativismo”, completou Baggio, que também é presidente da Cooperativa Bom Jesus e da Sicredi Integração.

O Rabobank - O Rabobank é um grupo econômico com origens no movimento cooperativista. Com controle gerido na Holanda, o Rabobank é um grande financiador da indústria do agronegócio e produção de alimentos em todo o mundo. Na reunião de ontem, Beatriz Passos, Marcos Pizarro e Ricardo Brito, explanaram sobre a atuação do grupo e as alternativas de captação de recursos oferecidas, detalhando as principais fontes.

 

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