Produtores do Oeste do PR temem alta no frete rodoviário
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Os produtores da região Oeste do Paraná temem que a interdição da Ferropar provoque uma alta no preço do frete rodoviário. As empresas e cooperativas que estão com a produção guardada nos armazéns da ferrovia, à espera de ser escoada, estão contratando caminhões para retirar a carga do local, operação que eleva ainda mais os custos, disse o produtor Nelson Paludo, presidente do sindicato rural de Toledo. Os trilhos da Ferroeste, operados pela Ferropar foram interditados pelo Instituto Ambiental do Paraná (Iap) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), na semana passada, porque a ferrovia não estava fazendo a conservação ambiental nas áreas dos trilhos.
Frete - A Ferropar vem sendo utilizada por cooperativas e grandes empresas para o transporte da produção agrícola da região Oeste. No ano passado, transportou 723 mil toneladas e nos primeiros três meses deste ano, movimentou 224 mil toneladas de grãos. O diretor da Ferroeste, Martin Roeder, não acredita em aumento nos preços do frete rodoviário como alegaram os produtores porque os caminhões "estão batendo carroceria", expressão utilizada para a escassez de cargas. A Ferropar tem a concessão do Estado para operar os trilhos da Ferroeste, empresa de economia mista. Para o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, a interdição vai permanecer até a Ferropar assinar um termo de conduta que vai fixar prazos para a empresa recuperar a área. Rodrigues adiantou que o IAP está em negociação com um técnico ambiental da Ferropar para avaliar o que pode ser feito para que a interdição possa ser suspensa. (Folha de Londrina)