Um fardo pesado para a agricultura brasileira
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Falta distribuição de renda - “Na prática, isso significa que a fúria arrecadadora do 'Leão' acaba contribuindo para que milhões de brasileiros não tenham acesso a um prato de comida”, afirma Eugênio Stefanello, especialista em economia rural e estudioso da questão tributária. No seu entender, não é a falta de alimentos a causa da fome no Brasil: “Alimentos, os agricultores produzem em abundância. O que falta é uma melhor distribuição de renda aliada a uma política tributária mais justa que dê um tratamento diferenciado sobre os impostos cobrados sobre os alimentos. Uma reforma tributária tem que levar esses fatores em consideração. Ou seja, o brasileiro quando se alimenta não pode continuar tendo congestão de imposto”, argumenta o ex-secretário.
Produção inibida - Para os especialistas em comércio exterior, a carga tributária brasileira, que representa 35,4% do Produto Interno Bruto (PIB), tornou-se uma espécie de quinta-coluna da economia brasileira, já que internamente a fome do 'Leão' inibe as atividades produtivas e internacionalmente acaba contribuindo para reduzir a competitividade dos produtos brasileiros. Na opinião dos economistas, o sistema tributário brasileiro chegou ao seu limite máximo e já coloca em risco a própria sobrevivência de alguns segmentos da cadeia produtiva nacional. O aumento da carga tributária ao longo dos anos vem asfixiando lentamente os contribuintes. Basta lembrar que na década de 1970 a arrecadação de impostos representava 23% do PIB e no início dos anos 1980 24,86%. Em meados da década de 1990 a carga tributária do país já era de 27,82%. (Fonte: Agência Meios/SRB)