Notícias economia

TRANSPORTES: Empossados os novos diretores da Ferroeste

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Maurício Querino Theodoro foi confirmado na presidência da Ferroeste, nesta segunda-feira (10/01), em Curitiba, pelo Conselho de Administração da empresa. O novo presidente é da região oeste do Estado e substitui a Neuroci Antonio Frizzo. Radicado em Cascavel desde o início dos anos 1990, Maurício Querino Theodoro é empresário ligado ao setor cooperativista. Ele tem 50 anos, nasceu em Londrina, onde atuou na Sercomtel. Também foi eleito o novo diretor administrativo e financeiro, Abelardo Cirico, e reconduzido ao cargo de diretor de produção, o engenheiro civil Mauro Fortes Carneiro.


Importância - Após a reunião do Conselho de Administração, o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, destacou a importância do modal ferroviário para atender a exportação da produção agrícola e a circulação de outros produtos em direção ao interior do Estado. "A nova diretoria terá a missão de desenvolver a ferrovia e promover a integração com os demais modais que formam a rede logística do Estado", destacou. O presidente eleito disse que a Ferroeste é extremamente importante para o desenvolvimento do agronegócio na região. "Assumimos a Ferroeste para atender as necessidades das cooperativas e do setor produtivo", disse. (AEN)

OPINIÃO: A balança comercial e a contribuição do agronegócio

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Dilceu Sperafico*

 

O agronegócio vem sustentando a economia nacional já há 10 anos. É o que confirma relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, divulgado no final de dezembro último. O levantamento mostra que em 2010, já pelo décimo ano consecutivo, o campo voltou a garantir superávit da balança comercial, beneficiando diretamente todos os demais setores econômicos e sociais do País.

 

O desempenho positivo da agropecuária vem desde 2001, quando as exportações voltaram a apresentar saldo favorável sobre as importações. A partir de então, as vendas externas do agronegócio vêm crescendo e compensando os déficits dos demais setores produtivos.

 

Mesmo apresentando redução de 9,82% no superávit em 2009, o agronegócio teve desempenho muito superior aos demais segmentos exportadores, com queda de 23,08% em seus negócios no mesmo período. Em 2010, o superávit da agropecuária voltou a crescer e a expectativa é que some 62 bilhões de dólares, batendo o recorde de 2008, quando chegou a 59,99 bilhões de dólares. Somente entre janeiro e novembro de 2010, o saldo positivo foi de 58,33 bilhões de dólares, 6,18% maior que o resultado de 54,93 bilhões em 2009. Os dados demonstram que o agronegócio sustenta a balança comercial, apresentando sempre a maior parcela do saldo positivo, o suficiente para até mesmo reverter índices negativos de outros setores.

 

Na última década, somente em 2005 e 2006 o superávit do agronegócio foi menor que o saldo geral do País, mas mesmo nessas oportunidades o campo acabou sendo responsável por 85,7% e 92,1%, respectivamente, do resultado final da balança comercial. Nos demais oito anos o resultado do campo sempre foi maior, o que demonstra que sem o desempenho do agronegócio o Brasil voltaria a enfrentar déficits, como aconteceu entre 1995 a 2000.

 

Graças aos investimentos, trabalho e competência do agricultor, já em 2001 o saldo do agronegócio foi de 19,06 bilhões de dólares ou sete vezes mais que o resultado nacional, de 2,69 bilhões. O agronegócio brasileiro, vale ressaltar, vem garantindo superávits na balança comercial apesar da elevação também recorde de importações de cereais, farinhas, pescados e produtos florestais.

 

Os gastos do País com essas aquisições somaram 12,05 bilhões de dólares até novembro último, com aumento de 35,6% em relação ao mesmo período de 2009. O Brasil, para quem não sabe, importa trigo da Argentina, Estados Unidos, Canadá e até da Turquia, enquanto o produtor nacional teve o preço mínimo reduzido e mesmo assim não encontra comprador para sua safra. As compras brasileiras no exterior em 2010 cresceram 43,9% na comparação com 2010, atingindo 166 bilhões de dólares, até o final de novembro.

 

Para nós, defensores do agronegócio, o novo recorde das exportações do campo merece ser comemorado com o reconhecimento das autoridades e da sociedade para a contribuição do produtor rural ao desenvolvimento do País.

 

O Ministério da Agricultura, é bom destacar, prevê resultado ainda melhor em 2011, com a ampliação do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP) de 173 bilhões para 185 bilhões de reais. Isso demonstra que o agronegócio retomou o crescimento, apresentando expansão de 7% no Produto Interno Bruto (PIB) da Agropecuária em 2010, previsto para 972 bilhões de reais, segundo estudo encomendado pela Confederação Nacional da Agricultura à Fundação Getúlio Vargas.

 

*O autor é deputado federal pelo Paraná/ e-mail: Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

ECONOMIA: Mercado eleva para 5,34% estimativa da inflação oficial em 2011

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A estimativa de consultores financeiros da iniciativa privada para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano passou de 5,32% para 5,34%, segundo o boletim Focus, divulgado hoje (10) pelo Banco Central (BC). A projeção é inferior aos 5,91% registrados no ano passado, mas a perspectiva tem aumentado gradativamente há cinco semanas. Enquanto cresce a expectativa para o IPCA, que mede a inflação oficial, os outros dois índices pesquisados para preços no varejo mantêm-se estáveis. Os preços administrados (água, luz, combustíveis e outros) devem subir 4,5% no ano e o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) deve atingir 4,90%. A expectativa média do boletim Focus mostra estabilidade nos índices de preços no atacado, medidos pela Fundação Getulio Vargas. O Índice Geral de Preços por Disponibilidade Interna (IGP-DI) deve ficar em 5,50% e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), em 5,53%. Para o ano que vem, todos os indicadores preveem 4,50%, tanto no varejo quanto no atacado. (Agência Brasil)

GOVERNO: Secretário da Agricultura nomeia novos diretores da Claspar e Codapar

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O secretário da Agricultura e do Abastecimento Norberto Anacleto Ortigara empossou na quinta-feira (06/01) o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Scotti na presidência da Empresa Paranaense de Classificação e o engenheiro agrônomo Silvestre Dimas Staniszewski na presidência da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná. Segundo Ortigara, a diretoria que assume a Claspar tem a missão de dar uma nova feição para a empresa que ajude a agroindústria paranaense a competir no mercado. "A empresa tem que estar preparada para fazer chegar ao consumidor de qualquer parte do mundo produtos de qualidade produzidos no Paraná", orientou o secretário.

Produtor - O presidente da Claspar anunciou que empresa irá propor ao produtor que faça a classificação de seus produtos. Segundo Scotti, a empresa tem enorme capacidade de treinamento e poderá capacitar o produtor a melhorar a qualidade e classificar sua própria produção. Para o presidente, a empresa tem capacidade instalada para fazer as análises dos produtos e em sua gestão, pretende aproximar o produtor desses serviços. Também assumiram na Claspar Osvaldo de Castro Ohlson na diretoria de Fiscalização e Inspeção; Jairo da Silva Rocha como diretor de administração e finanças e João Neto do Prado Souza como diretor técnico de classificação.

Fragilidade - O secretário Ortigara reconhece que a empresa é frágil financeiramente e por isso é dependente do governo. Recomendou à nova diretoria que encontre caminhos para se viabilizar financeiramente e para isso pediu que ouvisse as sugestões da sociedade e dos parceiros para promover as mudanças. "O desafio é tornar o serviço público mais eficiente do que é hoje", sintetizou.  A Claspar é responsável pelos trabalhos de classificação de produtos de origem vegetal, análises e fiscalização da qualidade da importação e exportação e dos produtos agrícolas que são colocados no mercado interno para o consumidor.

Novos Veículos - Durante a solenidade de posse, Scotti e o secretário Ortigara foram surpreendidos pelo anuncio da doação de 10 veículos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O anúncio foi feito pelo superintendente do Mapa no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, justificando que está contribuindo para renovar a frota de veículos da Claspar, já que o ministério é o maior cliente da empresa. São 10 caminhonetes Ranger 4 x 4 que vão reforçar o trabalho de fiscalização da Claspar nos portos e aduanas, por onde passam os produtos importados e exportados pelo País. Gonçalves Filho frisou que está identificando a base legal para concretizar a doação. Esse trabalho de análise e fiscalização teria que ser feito pelo ministério da Agricultura, mas por força de convênio firmado com o governo do Paraná, é executado pela Claspar.

Codapar - Na presidência da Codapar assumiu o engenheiro agrônomo Silvestre Dimas Staniszewski. Também assumiram Valter Hiroshi Yokoyama como diretor de Finanças, Sinval Tadeu Amaral como diretor técnico e Jair Vendrúsculo, como diretor de Planejamento. "A diretoria da Codapar terá como desafio ajudar a gestão no porto de Paranaguá", disse Ortigara. A Codapar vai atuar no processo de embarque de grãos na área do conhecido "silão", antecipou o secretário. Ortigara recomendou competência e ousadia para a nova diretoria para ajudar o produtor paranaense a ser mais competitivo. Segundo ele, é com a eficiência do trabalho da empresa que o produtor terá ganhos de renda, por meio da melhoria das condições das estradas rurais, da armazenagem que permite planejar a distribuição de alimentos e do embarque e desembarque de produtos no porto e na estação aduaneira.

Desafio - "Como a agricultura não é formadora de preços, mas sim tomadora de preços, cabe ao serviço público atuar de forma eficiente para que o produtor não perca renda", disse Ortigara. O secretário também pediu para a nova diretoria da Codapar uma atenção especial com as famílias mais pobres que moram no campo para que tenham espaços melhores para distribuição de alimentos. A Codapar tem como desafio estruturar a logística para o produtor rural através da abertura e conservação de estradas rurais, conservação de solos, armazenagem e desembaraço aduaneiro através de estação aduaneira no interior do estado. (AEN)

 

PARANÁ: Investimentos de cooperativas devem somar R$ 1,3 bilhão

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

De acordo com dados da Ocepar, o sistema cooperativista do estado investirá R$ 1,3 bilhão nesse ano - cerca de 70% dos aportes (R$ 900 milhões) serão direcionados para projetos agroindustriais. Outros R$ 400 milhões financiarão melhorias na infraestrutura de armazenagem e recebimento, inovação tecnológica e aquisição de máquinas e equipamentos.Os indicadores do setor mostram que as cooperativas paranaenses investiram, de 2001 a 2010, mais de R$ 8 bilhões nas áreas de tecnologia, infraestrutura e processos industriais. Além de agregar renda à produção dos cooperados, a industrialização impulsiona a economia paranaense, sobretudo em municípios do interior do estado, e gera milhares de empregos.  As cooperativas do estado geram cerca de 65 mil empregos diretos. No total, o sistema tem 632 mil cooperados, com 1,4 milhão de postos de trabalho. (Jornal do Estado)

PARANÁ I: Cooperativas vão investir R$ 1,3 bilhão no ano

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Com o plantio da safra de verão bem encaminhado, as cooperativas do Paraná decidiram aumentar a aposta na industrialização. Em 2011, vão investir R$ 1,3 bilhão, 28,6% mais que em 2010 e também um montante recorde. Cerca de R$ 900 milhões serão destinados a projetos agroindustriais, o equivalente a 70% do total, e R$ 400 milhões serão usados para melhorar a estrutura de recebimento e armazenagem de grãos, na aquisição de veículos e equipamentos e em inovações tecnológicas. Feitas as projeções para o exercício, as cooperativas agora dependem do clima para concretizá-las, de acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. Além de financiamentos para a construção das unidades industriais. Conforme o dirigente, a safra vai bem, não houve problemas com o La Niña no Estado e está chovendo regularmente. "O milho está garantido, mas a soja ainda depende de chuvas", comenta.

 

Projetos - Entre os investimentos em andamento está a construção de um abatedouro e de uma fábrica de ração pela Cocari, cooperativa de Mandaguari, no noroeste do Paraná, orçados em R$ 115 milhões. A Coopavel, de Cascavel, no oeste, está construindo um moinho de trigo. A Cotriguaçu, que reune quatro cooperativas (C.Vale, Lar, Coopavel e Copacol), vai modernizar a estrutura que possui no porto de Paranaguá. E a Integrada, a Coamo(maior cooperativa do país) e a Agráriadevem tocar projetos na área de milho. Além disso, a Frimesaestá ampliando a estrutura de abate de suínos. Koslovski lembra que as cooperativas paranaenses têm como meta para 2015 obter 50% das receitas com produtos industrializados - hoje a fatia é de 40%, e dez anos atrás, era de 29%. Dados da Ocepar mostram que o alvo está sendo levado a sério. De 2001 a 2010, quase R$ 8 bilhões foram investidos pelas associadas nas áreas de tecnologia, infraestrutura e indústrias. Uma das motivações, além da agregação de valor aos produtos, é reduzir os efeitos das oscilações de preços de commodities agrícolas no mercado internacional.

 

Varejo - Com a industrialização, os produtos das cooperativas estão ganhando mais espaço nas gôndolas de supermercados brasileiros e de fora do país. Em 2009, as exportações somaram US$ 1,47 bilhão e, em 2010, US$ 1,65 bilhão. Outra meta é alcançar a R$ 30 bilhões de faturamento em 2011, sendo R$ 28 bilhões com cooperativas agropecuárias. Para isso, o crescimento previsto para o ano é de 7%, já que as receitas somaram R$ 28 bilhões em 2010 - R$ 25 bilhões no segmento agropecuário - e foram 12% maiores que no exercício anterior. Outro dado do levantamento da Ocepar chama a atenção: as cooperativas do Estado geram 65 mil empregos diretos e contam com 632 mil cooperados. Para Koslovski, as condições de mercado estão favoráveis para as cooperativas e medidas anunciadas na segunda-feira pelo novo secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, foram bem recebidas, como a criação de uma Agência de Defesa Agropecuária. Ortigara acredita que é possível obter a certificação de Estado livre de aftosa sem vacinação em 2012 ou 2013 e colocou a questão como uma das prioridades da pasta, o que deve abrir mais mercados para as carnes produzidas no Estado. (Valor Econômico)

GOVERNO I: Foco da Agricultura será a modernização

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, reforçou, na terça-feira (04/01), que a modernização da pasta será o foco central de sua gestão. "O Ministério da Agricultura precisa responder de forma mais eficiente às demandas dos produtores rurais e da sociedade", afirmou Rossi. Ele tomou posse no dia 1º de janeiro juntamente com outros ministros do governo da presidente Dilma Rousseff. À frente do ministério desde abril de 2010, Wagner Rossi lembra que o trabalho de modernização do órgão já foi iniciado com a isenção de registro prévio de 20 mil produtos destinados à alimentação animal, como suplementos e rações. A medida, em vigor desde o mês passado, desburocratiza o processo sem reduzir o rigor para garantir a segurança e a qualidade dos produtos. De acordo com o ministro, outras ações na mesma linha serão anunciadas, em breve. Ele avalia que o governo terá condições de acompanhar a expansão do agronegócio que avançou muito, principalmente nos últimos dez anos. "A representatividade do setor na economia, com 26% do PIB e mais de 40% das exportações, mostra que a modernização da estrutura do ministério é fundamental", completou.

 

Novas medidas - O projeto de gestão do Ministério da Agricultura para os próximos quatro anos inclui ainda um novo modelo de financiamento do crédito rural, a ampliação do seguro rural e a abertura de novos mercados para a carne brasileira. Ele informa que o ministério estuda novas modalidades de financiamento para a pecuária e a fruticultura, por exemplo. Segundo Rossi, a intenção é combater o desenvolvimento desigual na agropecuária e incentivar a organização de setores com grande potencial. O ministro defendeu a ampliação do seguro rural, como forma de garantir a renda para os produtores. Também reforçou o empenho da equipe do ministério para que a carne brasileira possa ser comercializada em novos mercados, especialmente os do Extremo Oriente, englobando Japão, China e Coreia. Os três países estão entre os maiores consumidores de carne suína do mundo.  (Imprensa Mapa)

SAFRA: Usinas reduzem em 50% a moagem de cana-de-açúcar

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Usinas desaceleram a moagem de cana no fim da safra. A informação foi divulgada na terça (04/01), pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). O relatório referente à primeira quinzena de dezembro mostra redução de mais de 50% no processamento da matéria-prima. A diminuição da moagem acontece pela queda contínua do número de usinas em operação. Até o dia 15 de dezembro do ano passado, a estimativa é de que 60 usinas devem prosseguir as atividades. Na safra anterior este número era de 220 unidades. Com isso, só na primeira metade de dezembro, a moagem caiu mais 53% em relação aos últimos 15 dias de novembro. No acumulado da safra até a segunda quinzena de dezembro, a moagem somou 552,48 milhões de toneladas, 7,21% maior do que no mesmo período de 2009. Confirmando a previsão da própria Unica, de que a quantidade de cana-de-açúcar moída nesta safra ficaria abaixo das 560 milhões de toneladas. Mesmo com as usinas moendo menos cana que o previsto pela Unica, a produção de etanol desde o início da safra supera os 25 bilhões de litros. É um aumento de 12% em relação à safra 2009/2010. A produção de açúcar está perto dos 40 milhões de toneladas, aumento de quase 20% em relação à safra passada. (Canal Rural)

PERSPECTIVAS 2011: Mercado prevê estabilidade do câmbio e aumento de juros para 2011

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A queda do dólar prejudicou as exportações em 2010, fazendo muitos segmentos voltarem seus negócios para o mercado interno. Mas 2011 começa com uma perspectiva um pouco melhor para os exportadores. Os especialistas acreditam numa estabilidade do câmbio e o desafio deve ser atrair mais investimentos e menos especuladores. A paisagem em Andradas, cidade mineira que faz divisa com o Estado de São Paulo é marcada por cafezais. Os pequenos cafeicultores da região começam bem o ano de 2011. Vão exportar café verde para o Canadá pela primeira vez. Para eles, o momento é tão importante que vale até registrar em foto. "É a realização de um sonho o pequeno produtor conseguir exportar esse café", diz o presidente da Associação de Cafeicultores de Andradas, Sebastião Benevene.

Embarques - Três contêineres vão deixar a cooperativa nos próximos meses. O primeiro foi abastecido com 320 sacas de café. Os cafeicultores conseguiram fechar o negócio, depois que se reuniram e aderiram a práticas sustentáveis no campo, obtendo assim o certificado do comércio justo, um sistema que beneficia pequenos produtores de países em desenvolvimento. "É  muito bom porque a gente trabalha em grupo, um ajudando o outro. Nada mais bonito que um ajudando para conseguir realizar um sonho igual a esse que nós estamos realizando hoje", diz o cafeicultor Maria Kavassini.

 

Competitividade - Os exportadores e principalmente os produtores esperam que esta cena se repita várias vezes ao longo de 2011. Porém, para que isso aconteça, é preciso manter a competitividade. A exportadora de alimentos Daros BR negociou com canadenses e teve seis contratos cancelados em 2010 por causa da queda do dólar. A valorização da moeda norte-americana é fundamental para que os pequenos produtores continuem vendendo para o exterior em 2011. "Se continuar o dólar do jeito que está agora. Nós vamos ter que reduzir realmente o nosso volume, substancialmente", avalia o diretor da Daros BR, Marcio Eduardo Bertin.

 

Preocupação - O dólar nos atuais patamares preocupa os diferentes segmentos do setor agrícola. "O fator cambial é imperioso para a competitividade de qualquer setor", afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli. "O governo deveria gastar menos ou gastar melhor. O efeito dos gastos, o aumento dos gastos do governo só complica essa equação. Mas eu acho que o resultado dela é que em 2011 o câmbio vai ser um câmbio valorizado", diz o presidente da Citrus BR, Christian Lohbauer. Câmbio valorizado significa real mais forte e produto brasileiro mais caro no Exterior. Por isso, os exportadores temem perder mercado para a concorrência. Mas os especialistas acreditam que o dólar deve estabilizar em 2011.

 

Europa - A crise na Europa mantém o euro enfraquecido, o que dá vantagem à moeda norte-americana. A perspectiva é que Europa deve continuar muito fraca e EUA em recuperação. Isso significa que dólar deve apreciar em relação ao euro. Consequentemente isso cria um piso natural na nossa taxa de câmbio. Então a gente deve ver a taxa de câmbio aqui no Brasil ao longo de 2011 ficando em redor de R$ 1,70 um pouco menos, eventualmente, dependendo da entrada de capital que você tiver ou um pouco mais", diz o economista Sérgio Valle. No Brasil, a economia deve continuar aquecida. Os juros devem subir de novo para conter a inflação. "Você tem outros mecanismos, outros movimentos que fazem com que entre capital no Brasil. Por exemplo, taxa de juros deve subir ano que vem para combater inflação, então capital de curto prazo deve entrar aqui. Você tem investimento direto entrando de forma bastante forte no Brasil também. Então você tem mecanismos pra depreciar e mecanismos para apreciar", explica Valle.

 

Investimentos - "A gente pode ter um ano mais duro em relação a ingresso no país. Quanto à taxa de câmbio, na minha opinião, permanece nesses níveis inalterados a menos que aconteça alguma coisa que a gente não saiba", analisa o gerente de câmbio João Medeiros. Para o economista André Sacconato, que acompanhou o desempenho do dólar ao longo de 2010, o desafio é atrair mais investimentos em produção e menos capital especulativo. "O que a gente tem que fazer é tentar fazer medidas para atrair esse investimento como produção, como aumento da qualidade do capital no Brasil. E tentar puxar esse dinheiro para melhorar a competitividade dos setores produtivos no Brasil", diz Sacconato.

 

Taxa de Juros - O mercado financeiro prevê aumento da taxa de juros já agora em janeiro para conter a inflação. Os economistas esperam que as altas e o aperto monetário durem pelo menos até abril. Por outro lado, o Ministério da Fazenda diz que o Banco Central terá espaço para baixar a Selic durante o ano. Promessas e especulações à parte, para o consumidor os preços subiram bastante em 2010. Ele espera um alívio para o bolso em 2011. "A gente tem percebido um aumento de preços mesmo. Os sucos, o feijão, algumas frutas, tomates têm alguns outros alimentos que é bem imperceptível a mudança do aumento, principalmente, porque eles vêm em bandejinha separados os gramas e às vezes a gente não percebe, mas quando a gente está comprando o quilo, a gente percebe que tem realmente uma diferença de preço", diz a professora Ilda Gomes.

 

Aumentos pesam no bolso - O servidor público Pedro de Alcântara também percebeu que a ida ao mercado pesou no bolso: está gastando mais com as compras da semana. "Normalmente daria R$ 70. Agora está dando às vezes R$ 80, R$ 120, R$ 110. Oscila nesse patamar", diz Alcântara. A queixa dos consumidores faz sentido. Os preços dos alimentos dispararam e, em 2010, foram os responsáveis pela maior inflação registrada nos últimos cinco anos. "Foi um conjunto de coisas que aconteceram no mundo e aqui dentro internamente. No mundo, houve frustração de safras de principais produtores exportadores de grãos. É o caso, por exemplo, da Rússia, dos Estados Unidos, e isso diminuiu a oferta. E no caso do Brasil também houve frustrações de safras e com excesso de chuvas ou mesmo falta de chuvas e houve também uma pressão de demanda porque muitas classes de renda tiveram ascensão. Pessoas que estavam abaixo da linha da pobreza passaram a consumir e dentro também daqueles que já vinham consumindo houve uma melhora. Um maior poder de compra e houve uma pressão de demanda", afirma o economista Newton Marquese.

 

Campeões de aumentos - As carnes foram as campeãs de aumento em 2010. A culpa é do abate de matrizes entre 2004 e 2006, do período prolongado de seca e, principalmente, do aumento do consumo. "O brasileiro tem consumido mais e hoje, cerca de 70% da produção do agronegócio brasileiro é consumida no próprio mercado brasileiro. Então, há uma tendência, mesmo, e há uma preocupação com relação à inflação de alimentos", explica a economista Rosimeire dos Santos. O feijão também esteve salgado: a safra foi menor. E não é só. "A gente tem uma política já algum tempo de estímulo do salário mínimo, que melhora a qualidade de vida do brasileiro mais pobre. Se você aumenta o salário mínimo, em termos reais, as pessoas que ganham o salário mínimo vão aumentar o seu consumo, e os bens que essas pessoas consomem são bens primários: arroz e feijão", avalia o economista José Ricardo.

 

Então, o que esperar para este ano? - "A agricultura, a agropecuária e o agribusiness não reagem imediatamente. Tem o momento de safra. Tem o momento do plantio. Tem o momento também dos investimentos. Então, tudo isso daí tem um impacto que é mais dilatado. Então não é imediato. A gente acredita que até o início do semestre que vem de 2011, o primeiro semestre você tenha essas pressões", conclui Marquese.

"A situação é que alguns preços são formados no mercado externo isso acaba se internalizando no mercado interno e aí sim poderia gerar inflação", completa Rosimeire. As próximas ações do governo, dizem os economistas, podem reverter a tendência de alta dos preços. "O governo tem que atuar no financiamento da produção e numa política de estoques reguladores para permitir com que esse problema não aconteça tão flagrantemente no futuro. Porque mesmo que tiver um impacto em termos do mercado externo, se o governo tiver condições de fazer as políticas domésticas, pra evitar com que a elevação dos preços internacionais contamine internamente, ele acaba regulando aqui dentro. É essa combinação que vai permitir uma regularização da oferta desses produtos e evitar com que a demanda, mesmo que esteja crescendo, não provoque essa forte elevação dos preços que nós estamos assistindo no momento", finaliza Marquese. (Canal Rural)

PESQUISA I: Ciência a serviço do agronegócio

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Responsável por 25% do Pro­­duto Interno Bruto (PIB) nacional e um terço dos empregos, o agronegócio começa o ano em clima de expectativa. 2011 anuncia um novo ci­­clo de expansão do setor, que en­­frentou, nos últimos anos, preços baixos, quebras de safras e crises econômicas. Mas reagiu se profissionalizando e, há uma década, sus­­tenta praticamente sozinho o saldo positivo da balança comercial brasileira. Nos bastidores das estatísticas está o avanço tecnológico, que dinamizou produção e mercado e transformou o Brasil em uma potência agropecuária internacional.

Evolução - Com a pesquisa, o país potencializou sua vocação natural para a agropecuária e é hoje uma das maiores economias agro do mundo. A transformação da roça rumo à modernidade começou na década de 70, quando o melhoramento genético convencional fez a soja prosperar no solo ácido e arenoso do Cerrado. Recobrando o fôlego a cada nova técnica revelada desde então - como a análise de solo, o plantio direto na palha, a adubação de sistema, o plantio de culturas consorciadas, para citar algumas -, a revolução tecnológica voltou a explodir no campo na última década, depois que a engenharia genética tornou as plantas mais resistentes a pragas e doenças. Em quarenta anos, o Brasil am­­pliou em 29% o plantio de grãos, mas, graças a um ganho de 147% na produtividade, a produção triplicou. A soja, que tinha área inexpressiva, é hoje o carro-chefe da pauta de agroexportações do país. A cana-de-açúcar que antes servia apenas para fazer caldo, cachaça e rapadura agora é transformada em açúcar e etanol e ganha o mundo. O ca­­fezinho virou gourmet e hoje serve até aos mais refinados e exigentes paladares europeus.

Embrapa - Os ganhos foram alicerçados em tecnologias geradas nos laboratórios da Empresa Brasileira de Pes­­­­quisa Agropecuária (Em­­bra­­pa) e de instituições públicas e privadas que integram o Sistema Na­­cio­nal de Pesquisa Agrope­­cuária (SNPA) e que ajudam a promover a profissionalização do setor. Ao produtor, a biotecnologia proporciona maior rentabilidade via aumento de produtividade e redução de custos. À indústria, oferece maior eficiência e qualidade. Ao consumidor, apresenta os alimentos funcionais, enriquecidos com nutrientes e mais saudáveis. "Os desafios da agricultura são cada vez mais complexos e o arsenal tecnológico da biotecnologia é um grande aliado. O que vai definir o sucesso da agricultura neste século serão características mais complexas", diz o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Claudio Brondani, referindo-se às sementes modificadas que combinam mais de um atributo, como tolerância a herbicida e resistência a insetos.

Novidades - Hoje existe apenas um evento de milho transgênico combinado no mercado brasileiro. Para a safra que vem, as empresas de biotecnologia preparam mais variedades combinadas, tanto de milho como de soja de algodão. Mas a próxima grande promessa são mesmo as linhagens de culturas capazes de florescer mesmo com escassez de água. Nos Estados Unidos, a indústria promete para os próximos cinco anos o lançamento de uma semente de soja to­­lerante à seca. No Brasil, a Embra­pa Soja trabalha, desde 2003, no de­­­­sen­­volvimento de uma variedade capaz de enfrentar períodos mais secos, mas o início dos testes a campo ainda aguarda de autorização da Comissão Técnica Na­­cional de Biossegurança (CTNBio).

Agricultura fora da porteira - Benefícios agronômicos como facilidade de manejo, ganho de produtividade e redução de custos e fizeram as sementes transgênicas se expandirem pelas lavouras brasileiras. Neste verão, 81% da soja do e milho cultivados no Brasil são GM, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo. Mas essa é apenas a ponta do iceberg, uma amostra do que a biotecologia pode fazer pela agricultura, diz o pesquisador da Embrapa especializado em Biologia Molecular Elibio Rech. Pioneiro na pesquisa de plantas transgênicas no Brasil, Rech faz parte da nata da ciência nacional. Depois de desenvolver as primeiras variedades GM de soja e feijão verde-amarelas, resolveu le­­var o agronegócio para além da por­­teira. Hoje coordena uma linha de pesquisa com plantas utilizadas como biofábricas na produção de medicamentos contra doenças como câncer de mama, HIV e he­­mofilia. "Elas agem como incubadoras para a produção das moléculas", explica o cientista.  (Gazeta do Povo)

SEAB: Ortigara apresenta novos nomes da Secretaria e das vinculadas

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

C.VALE: Lideranças visitam abatedouro da C.Vale

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Gerentes de agência do trabalhador e de secretarias de ação social de municípios da área de ação da C.Vale visitaram o abatedouro de aves, em Palotina. Eles conheceram a estrutura de abate e industrialização de frangos e foram informados sobre os benefícios sociais que a atividade gera. O grupo soube dos valores que os funcionários levam para cada município na forma de salários e que ajuda a movimentar a economia das localidades. A comitiva também foi informada sobre as perspectivas do abatedouro para 2011. Os visitantes foram recebidos pelo vice-presidente da C.Vale, Ademar Pedron, gerente da unidade industrial, Neivaldo Burin, gerente do Departamento de Recursos Humanos, Laudinei Wanderer, pelo supervisor do abatedouro Anderson Marques e pelo analista administrativo João Paulo de Souza.

TENDÊNCIA: O novo ciclo de expansão do agronegócio

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O mundo de olho na China, onde cresce a demanda, e na América do Sul, liderada pelo Brasil, onde cresce a oferta de grãos. Players de produção e consumo, de alimentos e energia, num cenário cada vez mais competitivo, onde sustentabilidade, econômica e ambiental, vão fazer a diferença. Dentro e fora da porteira, nas relações domésticas e internacionais, 2011 será um ano de oportunidades, mas também de mudanças estruturais no mundo do agronegócio. Teoricamente, o Brasil entra na nova década preparado para consolidar seu espaço no mercado global, não apenas na área de grãos, como no segmento de carnes e, por que não, agroenergia. A base de sustentação e posicionamento para os próximos anos vem de ações e decisões que mudaram a maneira de fazer agricultura. Investimentos e avanços tecnológicos, como o marco legal de 2005, com o advento da biotecnologia aplicada à agricultura, serão agora decisivos ao país. Assim, 2011 anuncia um novo ciclo de expansão do agronegócio, pautado não tanto pela incorporação de novas áreas ao processo produtivo, mas pela eficiência nos sistemas de produção e comercialização, com tecnologia, planejamento e informação. (Gazeta do Povo)

RAMO SAÚDE: Unimed Ponta Grossa disponibiliza transporte aeromédico para beneficiários

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Os clientes da Unimed Ponta Grossa contam agora com os serviços da Uniair, especializada em transporte aeromédico. Através de uma parceria realizada com a empresa do Complexo Empresarial Unimed, o paciente que apresentar alguma patologia que exija imediato transporte para outra cidade, poderá utilizar de mais este serviço exclusivo da operadora local. A Uniair dispõe de estrutura composta por médicos, enfermeiros e pilotos treinados para o transporte de pacientes. Ela oferece infraestrutura de atendimento 24h por dia e conta com frota composta por aeronaves aparelhadas com o que há de mais moderno em equipamentos aeromédicos - configuradas para atendimento de UTI - com kits completos aeromédicos do tipo adulto, pediátrico e neonatal.

Adesão - Cada beneficiário da Unimed terá direito ao suporte do transporte aeromédico através de adesão voluntária com custo de R$ 2,49 ao mês por pessoa, acrescido na fatura do plano de saúde. Os interessados deverão dirigir-se até a Unimed para assinar contrato e formalizar adesão.

Atendimento - O serviço de remoção aeromédica é realizado mediante requisição do transporte através do médico que assiste o paciente, desde que o beneficiário esteja a 50 Km rodoviários do hospital de destino e apresente condições clínicas que não possam ser acompanhadas e tratadas na cidade de origem. O serviço 24 horas é solicitado através de um telefone 0800 e compreende translado hospital/aeroporto/hospital com equipe treinada e recursos materiais necessários. (Imprensa Unimed Ponta Grossa)

SOJA: Paraná deve receber prêmio por colher mais cedo

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O produtor de soja do Paraná, segundo maior Estado produtor do país, deverá se beneficiar de preços melhores, porque a colheita do Estado deve chegar mais cedo ao mercado este ano, avaliaram analistas do setor nesta quarta-feira (30/12). Com condições climáticas mais favoráveis, os produtores paranaenses realizaram o plantio mais cedo que de costume, concentrando a semeadura em outubro. O resultado é que esta safra chegará mais cedo ao mercado, entre o final de janeiro e início de fevereiro, e poderá ser negociada a preços mais firmes, por conta da demanda de curto prazo no período, antes do pico da colheita, explica o analista de mercado da Agrosecurity, Felipe Prince.

Perspectiva positiva - O analista ressalta que, tradicionalmente, os produtores que conseguem negociar a soja com melhores prêmios estão no Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa no país. Os municípios do oeste e norte, Sorriso, Sapezal e Lucas do Rio Verde, normalmente, começam a colheita e janeiro e conseguem preços mais altos. O analista observa que o setor trabalha com a perspectiva positiva, de que os preços em Chicago se mantenham na faixa de 13 a 14 dólares. "Mas pode até subir dependendo de como se consolidar a atual safra argentina, afetada pela seca", ressalta.  Prince observa que as tradings acompanham de perto as condições climáticas para o Sul do país por causa da ocorrência do fenômeno climático La Niña. Relatório da Somar Meteorologia indica que as chuvas devem se normalizar nos Estados do Centro-Oeste e Sudeste do país, mas o tempo mais seco prevalecerá até o início de 2011. A meteorologista da Somar Cassia Beu pondera que o clima mais seco deve se concentrar na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Para Mato Grosso e Goiás, dois importantes produtores do Centro-Oeste, as chuvas irregulares em outubro e novembro devem ter melhor distribuição pelas áreas produtoras até a primeira quinzena de janeiro.


Floração - O agrônomo Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Agricultura, observa que 50 por cento das lavouras do Paraná já passaram da fase de floração e começam a formar grãos. "É mais um estágio mais crítico e precisa acompanhar o clima", afirma. Hubner destaca que o produtor da região já trabalha com um cenário bem mais favorável do que no ano passado. Levantamento do Deral nas principais praças de referência no Estado indica que o preço médio da saca estava em 39,81 reais no Paraná em dezembro de 2009. Neste mês, o valor médio está em 43,87 reais por saca e nesta quarta-feira oscila próximo de 46 reais a saca. (Reuters)

SAFRA: Paraná recupera posto de maior produtor agrícola do Brasil

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

A safra de grãos de verão e inverno 2009/10 atingiu o volume de 32,6 milhões de toneladas, recolocando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional da produção agrícola. O resultado da produção paranaense, divulgado na terça-feira (28/12), é um dos melhores dos últimos quatro anos, e foi propiciado por fatores como condições climáticas favoráveis e investimentos em  tecnologia, que melhoraram a produtividade e a qualidade dos produtos. Nas exportações do agronegócio, o Paraná também se destacou este ano, deslocando-se do quarto para o segundo lugar no ranking nacional, com um uma receita de US$ 9,1 bilhões referente ao volume exportado no período janeiro a novembro deste ano. Neste ano houve também redução dos custos de produção com a queda dos principais insumos utilizados na agricultura como adubos e fertilizantes.

Preços - Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento Erikson Camargo Chandoha, mais importante que a recuperação da produção de grãos foi a recuperação dos preços pagos ao produtor. "Assumimos novamente a liderança de grãos no País, mas o que deve ser mais comemorado são os preços praticados pelo mercado, principalmente a partir do segundo semestre quando o produtor passou a ser melhor remunerado pelo seu trabalho". Chandoha apontou a recuperação do preço do milho, que estava sendo vendido abaixo do preço mínimo durante o primeiro semestre do ano. Outros produtos importantes como soja, carnes bovina e suína, leite e derivados e também o feijão tiveram uma recuperação importante nos preços este ano, frisou o secretário. "Leite e derivados, inclusive, tiveram recuperação nos preços em plena safra, o que é uma situação inédita e nunca tinha acontecido", lembrou.


Exportação - Com essa recuperação nos preços, o Paraná se destacou como segundo maior exportador do agronegócio, perdendo só para o estado de São Paulo que entre janeiro e novembro de 2010 acumulou o valor de US$ 17,6 bilhões em exportações. Este ano o Estado está exportando mais soja, carnes, café, milho e produtos do setor sucroalcooleiro. Com isso avançou de uma participação de 12,4% para 13% até novembro de 2010 na pauta de exportações brasileiras do agronegócio. Para o secretário a tendência aponta que a recuperação no volume de produção e dos preços deve continuar em 2011. As condições climáticas permanecem favoráveis e o mercado externo e interno está comprando.


Programas - O Departamento de Economia Rural (Deral) que faz o acompanhamento da safra agrícola no Paraná desempenhou programas importantes que contribuíram para o aumento da produção de alimentos e proteínas no Estado. Entre eles está o programa Fundo de Aval, Trator Solidário e de Subvenção ao Trigo. Segundo o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, no período 2007 a 2010 foram financiados cerca de 6550 tratores em praticamente todos (399) municípios paranaenses. Foram aplicados cerca de R$ 315 milhões em recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e os financiamentos aos produtores foram feitos em equivalência produto, operações garantidas pelo Tesouro do Estado com bônus/equivalência no valor de R$ 4,5 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE/Tesouro do Estado) para os próximos 8 anos.


Fundo de Aval - No programa Fundo de Aval foram realizadas 13 mil operações de aval ao pequeno produtor no período de 2005 a 2010, que possibilitou o financiamento de R$ 95 milhões em recursos do Pronaf. Sem esse aval, os produtores contemplados não teriam como acessar a linha de crédito junto aos bancos por falta de patrimônio. Segundo Simioni, existe em caixa atualmente R$ 3 milhões em conta específica do Fundo de Aval, que poderão avalizar R$ 30 milhões em novos investimentos. Os recursos são do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE/Tesouro do Estado).


Trigo - O programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural do Trigo foi criado em 2009 com o objetivo de alavancar a produção de trigo no Paraná, dando maior competitividade, redução de custos e melhoria de qualidade. O programa beneficiou 2.700 triticultores com o pagamento de R$ 3,9 milhões em subvenção de prêmios. Atualmente existe em caixa cerca de R$ 2,8 milhões para subvenção de prêmios em 2011, também em recursos do FDE/Tesouro do Estado. Simioni atribuiu o sucesso dos programas às parcerias estabelecidas com a Agência de Fomento do Paraná, ao Banco do Brasil, ao BRDE - Sicredi e Cresol e Instituto Emater-PR, todos trabalhando com um objetivo comum para a viabilidade dos programas de forma sustentável. (AEN)

EXPORTAÇÃO: Porto seco do terminal da Ferroeste em Cascavel/PR é reinaugurado

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governador do Paraná Orlando Pessuti reinaugurou nesta terça-feira (28/12) o porto seco instalado no terminal da Ferroeste, em Cascavel. Alvo de um incêndio, o terminal enfrentava uma série de problemas para voltar a funcionar. A reforma, a ampliação e a compra de equipamentos para o porto seco receberam investimentos de R$ 4 milhões. Do total de recursos, R$ 2,3 milhões são de responsabilidade de um pool paraguaio, formando pela Central Nacional de Cooperativas do Paraguai (Unicoop) e pelas empresas Agro Silos El Produtor, Dekalpar e Trebol Agrícola, responsáveis por 60% da produção de soja no Paraguai. "Tivemos vários transtornos por conta deste incêndio, mas com recursos do governo do Estado e da parceria envolvendo empresários paraguaios conseguimos reconstruir esta estrutura da Codapar e, ao mesmo tempo, restabelecer a estação aduaneira", afirmou Pessuti.

Paraguai - O governador disse ainda que tudo isso vai facilitar o desembaraço de cargas destinadas ao Paraguai, Argentina e ao Porto de Paranaguá. "Com isto, teremos mais agilidade nas importações e exportações", disse o governador. Segundo ele, a estação promove uma aproximação do Paraná com o Paraguai, que pretende aumentar suas exportações pelo porto de Paranaguá. "Queremos ampliar a presença dos paraguaios no porto, mas temos que colocar a disposição deles a Ferroeste, a estação aduaneira, rodovias em condições".

Ampliação - O presidente da Ferroeste, Neuroci Frizzo, informou que as obras de ampliação do porto seco não param. Depois, da reconstrução do barracão, as atenções se voltam para os silos de recebimento de grãos. As obras estão bem adiantadas. Os silos estarão concluídos até abril do ano que vem. "Nós já estamos oferecendo ao Governo do Estado uma área de 17 mil metros quadrados, para novas obras de ampliação. Portanto, o porto seco será expandido em praticamente 100%. Estas obras vão beneficiar os empresários, importadores e exportadores, trazendo para o Oeste do Paraná uma condição de comércio internacional bem melhor". Jânio Dalla Costa, presidente da Codapar, disse que a grande vantagem do acordo firmado pelo governo do Estado com os investidores paraguaios é que parte deste projeto será pago com a prestação de serviço público do Paraná. Existe um contrato, através do qual a Codapar devolverá o dinheiro investido no decorrer de um período bem longo.

 

Frete - Segundo ele, o interesse dos paraguaios pelo porto seco de Cascavel está no fato de que representará uma redução significativa no frete, o que tornará os produtos agrícolas daquele país mais competitivos no mercado internacional. Hoje, para exportar sua produção agrícola, o Paraguai usa os portos da Argentina e Uruguai, através de chatas, que demoram em média 20 dias e só levam 20 toneladas de cada vez. Com a estação aduaneira, o trabalho de exportação será feito em no máximo 8 dias. Os produtores paraguaios vão utilizar a ferrovia para exportar soja, milho e trigo, para o Brasil e o mercado internacional, além de importar insumos agrícolas como adubos, fertilizantes e calcário. Atualmente, o Paraguai utiliza os portos de Nova Palmeira, no Uruguai, e de Rosário, na Argentina.


Projeto - Os paraguaios entram como os principais colaboradores e usuários do porto seco, segundo revelou o diretor técnico-operacional da Codapar - Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, empresa que administra o porto seco, Davi Pinezi.  O grupo deve começar a operar com a importação de fertilizantes. A partir da safra de 2011, a previsão é de movimentar 200 mil toneladas de grãos com destino ao Porto de Paranaguá, podendo chegar a 400 mil toneladas por ano, em 2012. O projeto envolve a Ferroeste, Codapar, Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Ministério da Agricultura, Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos), Receita Federal e o grupo de investidores paraguaios. (AEN)

FOMENTO: Financiamentos do BRDE somam R$ 4,5 bilhões

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Responsável por boa parte da oferta de financiamentos de longo prazo no Paraná, a agência de Curitiba do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), está encerrando em 2010 um ciclo aonde se transformou no mais importante agente financeiro do desenvolvimento paranaense. Nos últimos oito anos, o aumento dos desembolsos à atividade econômica foi generalizado, abrangendo praticamente todos os segmentos da economia estadual, entre eles os mais tradicionais e intensivos em mão de obra, atingindo um volume final de R$ 4,5 bilhões em valores atualizados. Com isso, o BRDE conseguiu atingir um desempenho financeiro compatível às suas atividades de banco de desenvolvimento: enquanto a economia paranaense através de seu PIB - Produto Interno Bruto apresentou crescimento de 45% no período, os financiamentos do banco cresceram 76% nos últimos oito anos.

Perfil - Por se tratar de instituição de fomento, o BRDE atua, fundamentalmente, no financiamento a investimentos produtivos com tempo de maturação e consequentemente de retorno, de longo prazo. Isso está marcado nos 50 anos de história da instituição. Entre 2008 e 2009, no entanto, a crise econômica mundial obrigou o banco a responder fortemente e rapidamente às novas necessidades dos empresários locais, já que as instituições de crédito privadas cortaram bruscamente a oferta de crédito.  Nos últimos três anos foram os de maior expansão na oferta de financiamentos pela agência do BRDE no Paraná. Enquanto em 2007 a faixa anual de crédito liberado estava ao redor de R$ 400 milhões, em 2008 ela subiu para R$ 711 milhões, atingindo R$ 1,13 bilhão em 2009, no auge da crise econômica, voltando ao patamar de R$ 800 milhões em 2010, sem sintomas da crise mundial e com a retomada da trajetória de crescimento tendo como base o aumento dos investimentos e da produção industrial voltada, principalmente, para o mercado doméstico.

 

Pequenos investimentos - E para quem pensa que o BRDE é uma instituição ligada sobretudo aos grandes negócios e grandes projetos, os dados do desempenho do banco nos últimos oito anos mostram exatamente o contrário: entre 2003 e 2010, os maiores tomadores de recursos foram as cooperativas, que absorveram financiamentos de R$ 2 bilhões no período, e os produtores rurais, que absorveram R$ 1,5 bilhão. Ressalte-se também o papel do banco junto ao financiamento de micros, pequenas e médias empresas paranaenses: entre 2003 a 2010: este segmento absorveu créditos num volume de R$ 863,7 milhões, enquanto os grandes empreendimentos ficaram com R$ 586 milhões. "Assim, o BRDE apoiou as políticas governamentais do estado de fortalecimento das micro e pequenas empresas, de apoio à agricultura familiar e a geração de emprego e renda em todo o território paranaense", afirma o presidente do Banco, José Moraes Neto.

 

Parceria com cooperativas - Para obter estes resultados, contudo, o banco teve de ir a campo para conseguir a capilaridade necessária ao desenvolvimento de projetos no setor agrícola e agroindustrial: montou uma bem sucedida parceria com as cooperativas de crédito que atuam no Paraná, como o Sicredi, Sicoob e Cresol, com o que interiorizou sua atuação em quase todos os municípios paranaenses. (AEN)

INFRAESTRUTURA: Os gargalos do transporte

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O governo Luiz Inácio Lula da Silva realizou muito na área de transportes, algo em torno de R$ 62 bilhões. Mas deixa um desafio ainda maior para a sua sucessora, Dilma Rousseff. Os investimentos previstos para os próximos oito anos somam R$ 350 bilhões. Só no setor de rodovias serão necessários R$ 220 bilhões para colocar todas as estradas em dia até 2018, incluindo obras de restauração, construção e duplicação de vias. Outra demanda pesada está no setor de ferrovias, em que serão necessários R$ 46,8 bilhões para terminar obras como a Norte-Sul e o trem bala Rio-São Paulo e mais R$ 46 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). A presidente eleita vai precisar de dois mandatos para fazer tudo isso. A segunda etapa do PAC reserva R$ 109 bilhões para transportes, sendo R$ 50,4 bilhões para o sistema rodoviário. No PAC 1, que vai até 2014, foram executados 70% dos R$ 37 bilhões previstos para rodovias. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que foi muito pouco. Seriam necessários R$ 183 bilhões para atender a toda a demanda do setor.

Contestação - O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagout, considera esses números irreais. Ele afirma que será preciso R$ 220 bilhões para atender o atual deficit. Pagout explica como o governo Lula conseguiu ampliar os recursos na área de transportes. Primeiro, regulamentou a utilização dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). O governo federal fica com 35% dessa verba. Em segundo lugar, destinou 5% do superavit primário para infraestrutura a partir de 2005, dentro do Programa-Piloto de Investimentos (PPI). Finalmente, reservou R$ 27 bilhões para rodovias no PAC. Com as suplementações, esses recursos chegaram a R$ 37 bilhões.

 

Comparação com FHC - O diretor do Dnit também aponta gargalos que precisam ser equacionados no próximo governo. Ele acha necessário ampliar e profissionalizar o quadro de servidores no departamento: "Preci-samos de 40 auditores, mas temos quatro ou cinco. O quadro de funcionários prevê 4.980 vagas, mas temos 2.911 servidores de carreira. Com isso, temos 1,2 mil terceirizados". Pagout também defende a mudança de regras nas licitações: "Hoje, temos licitações por preços unitários. Que-remos o preço global. A vantagem? Termo de referência consistente, projeto bem elaborado e sem possibilidade de alteração. O empresário vai executar sem amarras. Depois, vai ter que dar manutenção por cinco ou 10 anos".

 

Mais obras - Apesar da deficiência, Lula realizou mais do que o antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na área de transportes. Considerando rodovias, portos e mobilidade urbana, foram R$ 50,8 bilhões do petista contra R$ 38,6 bilhões do tucano, em valores atualizados. O governo anterior fez muito pouco na área de ferrovias. Lula não fez tudo o que prometeu, mas realizou bem mais. Foram cerca de R$ 7 bilhões, a maior parte na Norte-Sul (R$ 4,9 bilhões), uma obra que se arrasta desde 1988. A Transnordestina vai consumir R$ 2,1 bilhões até o fim do ano. O maior desafio de Dilma será executar o trem bala Rio-São Paulo, uma obra de R$ 33 bilhões. Mas o projeto será tocado com recursos da iniciativa privada.

 

Setor aeroviário - Já as seguidas crises no setor aeroviário são consequência dos baixos investimentos nos últimos anos. Foram aplicados apenas R$ 4,3 bilhões na construção, na ampliação e na reforma de aeroportos. No último ano do governo petista, foram investidos apenas R$ 399 milhões. Menos do que os R$ 570 milhões aplicados no primeiro ano, em 2003. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirma que foram investidos R$ 4,3 bilhões em aeroportos nos últimos oito anos. Até a Copa de 2014, pretende aplicar mais R$ 5,3 bilhões. Mas, para atender toda a rede de 67 aeroportos, serão necessários investimentos de R$ 9 bilhões.

 

 

Os desafios de Dilma

 

1) Para colocar todas as rodovias em dia, será necessário investir R$ 220 bilhões até 2018, incluindo restaurações, adequações, duplicações e novas estradas;

 

2) No setor ferroviário, será preciso gastar mais R$ 46,8 bilhões para terminar a Norte-Sul, a Les-te-Oeste, a Transnordestina e o Trem-Bala, além de executar mais R$ 46 bilhões do PAC 2;

 

3) Na área de mobilidade urbana, o PAC 2 prevê investimentos de R$ 18 bilhões, incluindo os metrôs de Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte;

 

4) A ampliação e a modernização em portos vão consumir R$ 5,1 bilhões do PAC 2;

 

5) Investir R$ 5,3 bilhões em aeroportos até a Copa de 2014. Para atender toda a rede de 67 ae-roportos será preciso R$ 9 bilhões.

 

 

Os investimentos - Confira quanto o governo federal aplicou desde 2003*

 

Ano             Valor histórico (em R$ bilhões)         Valor atualizado** - (em R$ bilhões)

 

2003                            0,9                                           1,3

2004                            2,2                                           3,5

2005                            2,8                                           4,1

2006                            4,4                                           5,9

2007                            5,5                                           7,3

2008                            6,0                                           7,4

2009                            8,9                                           11,1

2010                            8,9                                           10,2

 

Total***                        39,7                                          50,8

 

 

(*) Incluídos investimentos do Ministério dos Transportes, Cidades e da Secretaria de Portos

 

(**) Valores atualizados com base no IGP-DI, da Fundação Getulio Vargas

 

(***) Valores pagos até 16 de outubro

 

Fonte: Levantamento da ONG Contas Abertas a partir de dados do Siafi, ministérios dos Trans-porte e das Cidades e da Secretaria de Portos (Correio Braziliense)