Formação de agentes de Autogestão reúne 100 profissionais de 35 cooperativas do PR, em Cascavel
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Teve início, na manhã desta quarta-feira (20/08), no Centro Universitário FAG, em Cascavel, Oeste do Estado, a Formação de Agentes de Autogestão, promovida pelo Sistema Ocepar, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), com a presença de 100 profissionais de 35 cooperativas paranaenses dos ramos agropecuário, crédito, saúde, transporte, trabalho e produção de bens e serviços, consumo e infraestrutura. Os participantes são responsáveis por fazer a interlocução entre as cooperativas e o Sescoop/PR nas áreas de Monitoramento, ESG, Compliance, gestão e auditoria interna.
O gerente de Monitoramento e Consultoria do Sescoop/PR, João Gogola Neto, fez a abertura do evento, destacando a relevância desses profissionais que atuam como agentes de Autogestão e contribuem para dar sustentabilidade às atividades executadas pelo Sistema Ocepar em prol do desenvolvimento do cooperativismo paranaense, com fornecimento de dados e levantamento das demandas das cooperativas, por exemplo.
Na sequência, houve a apresentação das palestras sobre os temas “Evolução do trabalho com dados e o papel da Inteligência Artificial (IA) na vida profissional”, com Fernando Veiga, e “Governança na IA”, com Viviane de Oliveira Elias Moreira, ambos instrutores da Universidade Makenzie.
“A ideia foi mostrar aos participantes do evento que as novas tecnologias estão aderindo muito rapidamente às ações do nosso dia a dia e conseguindo executá-las. Mas será que é necessário somente executar? Não deveria haver uma modelagem de segurança sobre isso, uma governança? Esse foi o conteúdo que procuramos abordar hoje. Há muitas oportunidades e possibilidades. Porém, temos que ficar atentos à segurança e à boa governança porque existem riscos de perda muito grandes se o trabalho não for bem realizado com as IAs”, disse Veiga.
“Nós podemos utilizar todo tipo de tecnologia. Existem ferramentas, mas todas devem ser embasadas na nossa necessidade e segurança. Uma IA que resolve um problema mas gera outros representa um gap na nossa metodologia de trabalho. Neste sentido, é preciso saber equilibrar onde a IA poderá me ajudar, com aquilo que preciso regular para obter o melhor resultado e oportunizar tudo que tenho hoje na minha rotina de trabalho. É aquela dinâmica: o carro de fórmula 1 também tem freio porque, se ele não parar, irá passar direto na primeira curva. E é isso que nós não queremos nas nossas empresas”, complementou o palestrante.
Da mesma forma, Viviane alertou sobre os cuidados com a utilização da IA. “Nós apresentamos normas e políticas que conversam com todas as partes interessadas para mostrar que a IA pode ser utilizada, desde que com responsabilidade, acordos prévios e alinhado com a ética, valores e cultura das nossas cooperativas. Porque se não caminharmos nessa linha, abriremos brechas e correremos muitos riscos”, afirmou.
O evento prosseguiu de manhã com a realização de oficinas. Os participantes foram divididos em dois grupos e as atividades foram conduzidas por Fernando Veiga e Viviane Moreira. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, estará presente na abertura das atividades da tarde, quando ocorrem mais oficinas, a partir das 13h30. As atividades encerram às 17h30.