ABAD 2010: Setor atacadista defende o fim da guerra fiscal entre Estados
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O setor atacadista, que representa 5% do PIB brasileiro e gera 245 mil empregos no país, aponta que um dos entraves para o crescimento é a guerra fiscal entre os Estados. Reunidos na ABAD (30ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor), em Curitiba (PR), os empresários reivindicam a realização da reforma tributária capaz de simplificar os impostos e unificar a cobrança de impostos entre os Estados. "A unificação vai evitar a guerra fiscal, que nenhum empresário deseja", disse o presidente da ABAD, Carlos Eduardo Severini.
No Paraná, que ocupa o quarto maior centro atacadista do país, superou um dos empecilhos na área tributária, com a redução da alíquota do ICMS de 18% para 12% nas operações comerciais dentro do Estado, o que permitiu maior competitividade com relação a outros Estados.
Perdas - Antes disso, as perdas da venda do setor chegaram a 50% no ano passado. "Estávamos recolhendo muito elevados, enquanto esses produtos vinham de outros Estados sem pagar nada. Temos no Paraná toda condição de competir, mas estávamos perdendo nos impostos", avaliou o presidente do SINCAPR (Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios no Paraná), Paulo Hermínio Pennacchi.
Modelo - Ele informa que o modelo paranaense, que reduziu a base de cálculo do ICMS, foi copiado por outras unidades da Federação. "Pelo programa de redução da carga tributária, feito para as micro e pequenas empresas paranaenses, que as tornaram competitivas, nossos consumidores passaram a dar preferência às lojas de vizinhança, que são abastecidas pelo setor atacadista".
Crescimento de 10% este ano - Pennacchi acredita que esse ano o setor atacadista deve crescer 10% este ano, especialmente com o aumento da participação das lojas de varejo de pequeno porte, caracterizada por até quatro caixas de atendimento. "Cada dia mais o consumidor prefere comprar mais vezes e ele vai na loja de vizinhança, que abastecemos. Mais de 52% do que é produzido no Brasil passa pelo atacadista para chegar ao consumidor", esclarece. Por esse motivo, na ABAD deste ano foi montada uma loja-modelo para o pequeno varejo, que conta com a consultoria de um técnico da Associação que orienta o empresário de pequeno porte durante a feira. "A loja de vizinhança tem atendimento personalizado, atende o consumidor pelo nome, mais rápido e na porta de casa", conclui. (Assessoria de Imprensa)