ADIÇÃO À FARINHA DE TRIGO: A indústria continua contra

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A indústria continua contra Reunidos ontem na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Associação Brasileira da Indústria da Panificação (Abip), o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Região do ABC paulista (Sipan-ABC), a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), o Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo) e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) reiteraram seu repúdio em relação à obrigatoriedade de adição de farinha de mandioca à farinha de trigo no país. A medida está contemplada no projeto de lei 4.679/01, de autoria do deputado federal e presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e que ainda é alvo de discussões e emendas - a última delas, do deputado Nilson Mourão (PT-AC), limita a mistura a 10% da farinha destinada à panificação. Para as entidades contrárias à mistura, o melhor caminho para elevar a demanda por raspas de mandioca no Brasil não é esse. Elas se propuseram a criar uma comissão para analisar alternativas, como estimular a venda dos pães francês e brasileiro (produzido com amido de mandioca) nas padarias e a utilização do tubérculo como matéria-prima para biocombustível.

Demanda adicional - Fontes que participaram da reunião garantiram que a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), representada na Fiesp, concordou com o plano. Mas o presidente da entidade, Hermes Campos Teixeira, disse ao Valor, após o encontro, que confia que o projeto de lei será finalizado até o dia 12 na comissão especial criada para tratar do tema na Câmara, para depois ser encaminhado ao Senado e, finalmente, à sanção do presidente Lula. O projeto criaria uma demanda adicional de 500 mil toneladas de amido de mandioca por ano, e essa indústria, que vem recebendo novos investimentos, já tem uma capacidade ociosa estimada em 40%.

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