AFTOSA: Conesa vai decidir sobre abate só em janeiro
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Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (27/12), em Curitiba, o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, informou que o Ministério da Agricultura não vê qualquer possibilidade em retroceder na confirmação técnica que fez do foco de febre aftosa na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira. A entrevista foi feita durante reunião entre técnicos da Secretaria e do Ministério Agricultura, realizada em Curitiba. O Ministério entende que tecnicamente existe a infecção e está correto o reconhecimento do foco. “Para o Ministério, há a necessidade de se adotar os procedimentos de sacrifício dos animais”. O secretário afirmou que a proposta do Ministério será submetida ao Conesa (Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária) em reunião já convocada para o dia 11/01/06 para que o mesmo se manifeste favorável ou não ao sacrifício dos animais. “O sacrifício, se aprovado pelo Conesa, se dará apenas e tão somente em relação aos animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira”, disse.
Posição - Pessuti esperava que o Ministério da Agricultura, em função dos laudos negativos, provenientes da coleta de líquido esôfago faringeano apresentados até agora, pudesse descaracterizar o foco de febre aftosa em São Sebastião da Amoreira. “Esta é a visão do Governo do Paraná e da Secretaria da Agricultura. Ou seja, de que não havia necessidade de se decretar o foco e prosseguir com as medidas no Paraná. Mas esta não é a visão do Ministério, que diz que não tem como retroceder naquilo que fez”, afirmou.
Convocado - Segundo o secretário, a partir da reunião desta terça-feira (27), começam a ser adotados novos procedimentos. “Estamos convocando o Conesa para o dia 11 de janeiro, já que temos que cumprir um prazo legal de 15 dias entre a convocação e a realização da reunião. Enquanto aguardamos a chegada do 11 de janeiro, a Secretaria e o Ministério preparam as medidas a serem tomadas, caso o sacrifício dos animais seja autorizado. Sendo autorizado o sacrifício dos animais pelos representantes da agropecuária e da agroindústria paranaense, já teremos tudo preparado. Porque não adianta nós tomarmos uma decisão sem adotar todo um conjunto de providências, inclusive as de caráter ambiental, afinal não se pode sair por aí abrindo valas, sacrificando animais e enterrando em qualquer lugar. Temos que ter autorização para isso”, comentou.
Coletas - O Ministério da Agricultura liberou a relação das propriedades onde será feita a coleta de sangue, com o objetivo de amostrar a ausência de atividade viral. Com o sorteio feito, todas as propriedades que estiverem fora daquelas sorteadas, estarão liberadas e autorizadas a vacinar o gado contra a febre aftosa. O Ministério da Agricultura irá proceder, também, uma maior flexibilização de trânsito e no comércio de animais, pertencentes à área de risco sanitário, modificando a Instrução Normativa n° 36, tendo em vista todos os procedimentos adotados pelo Estado do Paraná até o presente momento.