AFTOSA: Embargo e câmbio derrubam vendas de carne

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Os embargos ao Brasil por causa do ressurgimento da aftosa no país e a valorização cambial derrubaram as exportações de carne bovina em abril passado, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A entidade divulgou ontem (10/05) que a receita com as vendas somou US$ 252,384 milhões no mês, praticamente o mesmo valor de igual período de 2005, quando atingiu US$ 252,180 milhões. Já os volumes diminuíram 13,79% na comparação com abril de 2005, para 167.348 toneladas equivalente-carcaça. O volume inclui carne in natura (111,1 mil toneladas), carne industrializada (51,2 mil toneladas) e miúdos (5 mil toneladas).

Chile e Rússia - De acordo com o presidente da Abiec, Pratini de Moraes, o embargo "sem justificativa" do Chile, um dos principais clientes do Brasil, e mudanças no sistema de cotas de importação da Rússia derrubaram as vendas brasileiras de carne. Como resultado, as exportações acumuladas até abril apresentam um crescimento de apenas 2,43% sobre igual intervalo de 2005 e somaram 715,6 mil toneladas equivalente-carcaça. A receita com os embarques no período totalizou US$ 1,014 bilhão, alta de 16,24% em relação aos primeiros quatro meses de 2005, segundo a Abiec. Pratini afirmou que os preços estão valorizados no exterior, mas não o suficiente para compensar a queda do dólar em relação ao real. A cotação média da carne in natura, por exemplo, registrou alta de 6,37% no quadrimestre, na comparação com o mesmo período de 2005, e alcançou US$ 2.311 por tonelada.

Queda de 10,74 % - Considerando todos os itens, o preço médio foi de US$ 1.417 por tonelada, alta de 13,5% sobre o primeiro quadrimestre de 2005. Entre janeiro e abril deste ano, o dólar caiu 10,74% ante o real, segundo o Valor Data. "A margem dos exportadores começa a ser afetada", afirmou Pratini, para quem "em país pobre, o dólar tem de ser caro".

 

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