AFTOSA: Europeus inspecionam doença no Paraná

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A missão européia que vai avaliar as ações de defesa sanitária animal chegou na segunda-feira (30/01) de manhã à Maringá. Depois de três horas de reunião com técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), eles percorreram as propriedades que estão interditadas, desde outubro, com suspeita de febre aftosa. Em Maringá, a principal suspeita é Fazenda Cesumar, que comprou animais oriundos de Eldorado (MS), onde surgiram os primeiros focos da doença. O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, disse que os europeus quiseram conhecer o detalhamento de todas as ações da Secretaria da Agricultura. Segundo Pessuti, eles também foram informados sobre os períodos do ano em que é realizada a Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa no Paraná, a faixa etária dos animais vacinados, as práticas de vigilância e de defesa, o que é feito para acompanhar os animais sob suspeita, como se dá o isolamento das propriedades e como são realizados os exames.

Agenda - Os técnicos europeus que vieram ao Paraná são: Antonio Rosinha, veterinário chefe da missão (Portugal); Stefano Nardelli, especialista em laboratório (Itália); e Waltraud Demel, epidemiologista (Alemanha). Em Maringá, a missão percorreu apenas a estrada de terra que dá acesso à Fazenda Cesumar e os 10 km seguintes à sua entrada. No trajeto há três barreiras sanitárias montadas pela Seab: duas em diferentes acessos à propriedade e, a outra, no final dos 10 km. Depois das visitas à zona rural, os técnicos também visitaram os parques de exposições onde são realizados os leilões. O grupo fica no Paraná até amanhã, quando segue para Brasília. Na quinta-feira, eles se juntarão aos técnicos da equipe de inspeção, que avaliou os frigoríficos do Estado. Na sexta, haverá uma reunião conjunta com técnicos do Mapa. O prazo para que a missão européia apresente o primeiro relatório sobre a visita ao País varia de 30 a 40 dias.

Imprensa - Os técnicos europeus e do Mapa não falaram com a imprensa e os europeus foram muito resistentes à presença dos jornalistas e insistiam que a imprensa deixasse de acompanhar a visita. Para Felisberto Baptista, diretor de Defesa Agropecuária da Seab, o objetivo da visita era demonstrar ''transparência no trabalho desenvolvido pela Seab em favor do Paraná e do Brasil''. Segundo ele, os europeus iriam avaliar as medidas adotadas pelo Estado, a dinâmica comercial, as ações de vigilância epidemiológica e nivelar percepções. O roteiro que a missão fará nesta terça-feira não havia sido definido até a noite de segunda-feira. De acordo com Baptista, o grupo se reuniria hoje de manhã para definir as visitas. Provavelmente, eles visitarão as outras propriedades envolvidas com o problema da aftosa.

Flexibilização - De acordo com Baptista, a Instrução Normativa 03/2006, do Mapa, não liberou as fazendas localizadas em um raio de 10 km das 11 fazendas que ainda permanecem interditadas no Estado. Ele explicou que a normativa flexibiliza somente a saída para abate dos animais sob controle da Seab. As condições do órgão paranaense são: o transporte dos animais deve ser feito em caminhões baú lacrados, o embarque dos animais tem que ser acompanhado por técnicos da Seab e a carne não pode ser exportada ou dirigida a outros Estados. (Com informações da Folha de Londrina e governo do Estado)

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