AGRICULTURA: Técnicos querem programa de garantia de renda

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Sete técnicos ligados ao sistema cooperativista brasileiro (OCB), à CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e à Comissão de Agricultura da Câmara Federal se reuniram em Brasília, nesta semana, para discutir as chamadas “medidas estruturantes” para a agricultura brasileira. Os técnicos compõem um grupo de apoio ao Grupo Técnico nomeado pelo governo federal para sugerir solução de longo prazo para a agropecuária brasileira. Dos dias 17 a 20 deste mês eles analisaram e sugeriram medidas a serem tomadas para garantir a recuperação da renda agrícola. “A agricultura precisa de um programa de garantia de renda, que inclua seguro de renda (preços) e seguro da produção”, explicou o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra, que participou da reunião realizada na OCB, onde foram definidas as linhas gerais do documento que será submetido ao governo federal.

Segurança – Flávio Turra explicou que a atual política agrícola não garante renda ao produtor, pois têm vários defeitos que os técnicos querem evitar no programa que estão propondo ao governo, entre os quais a falta de seguro agrícola e fontes limitadas de crédito rural. Atualmente, apenas 35% dos agricultores têm acesso ao crédito rural e 23% se beneficiam de crédito rural a juros controlados. Para ampliar o acesso ao crédito rural, os representantes dos produtores estão insistindo na necessidade de captação de recursos de fontes externas. Hoje, esse dinheiro chegaria ao produtor com custo em torno de 8% ao ano. No entanto, para evitar a elevação do custo de captação a níveis impraticáveis em função das oscilações do câmbio, interna ou externamente, o setor propõe a participação do governo na equalização do risco cambial e das taxas de juros. Essas medidas dariam novo alento ao setor, pois hoje, afirma Turra, “quem mais precisa de crédito rural não o tem no volume necessário e a custo adequado”.

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