AGROENERGIA: Fórum pede fim de barreiras ao etanol brasileiro
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Um grupo de empresários brasileiros e americanos sugeriu nesta terça-feira (21/07) ao governo dos Estados Unidos a eliminação das barreiras comerciais que protegem os produtores americanos de etanol e impedem o Brasil de exportar volumes significativos de álcool para os EUA. A iniciativa ajuda a promover uma antiga reivindicação do governo e dos usineiros brasileiros, mas dificilmente terá efeitos práticos. Os produtores americanos têm aliados poderosos no Congresso dos EUA e o governo precisa do seu apoio para levar adiante projetos de seu interesse.Fórum - O grupo de empresários, conhecido como Fórum de Altos Executivos de Empresas Brasil-EUA, é formado pelos presidentes de 20 grandes empresas e deve ganhar em breve mais quatro integrantes. A intenção do grupo é atrair representantes da agricultura e do setor de energia. O lado brasileiro do Fórum é coordenado pelo presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, e inclui dirigentes da Camargo Corrêa, Cutrale, Embraer, Gerdau, Odebrecht, Stefanini, Vale e Votorantim, além do banco Safra. A ala americana reúne executivos de empresas como Anadarko, Cargill e Coca-Cola, além do Citibank.
Reuniões - O grupo se reúne duas vezes por ano e foi criado por sugestão do ex-presidente dos EUA George Bush. Ele se reuniu ontem pela primeira vez desde a posse do presidente Barack Obama e o principal objetivo do encontro foi assegurar sua continuidade na nova administração. Obama conversou durante alguns minutos com os líderes do grupo na Casa Branca. Segundo a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que participou do encontro junto com o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, Obama disse que "os EUA farão o que puderem para fortalecer" as relações entre os dois países.
Prioridade - A prioridade dos empresários que fazem parte do Fórum é convencer os dois governos a assinar um acordo que evite a dupla tributação de empresas com atividades nos dois países. As discussões sobre esse assunto se arrastam há anos e não houve avanços significativos nesta terça-feira. "Mais importante do que políticas específicas é o engajamento e o grau de confiança que se constrói entre as partes", disse Gomes da Silva. Além do rápido encontro com Obama, o grupo teve contato com o secretário de Comércio dos EUA, Gary Locke, e o principal assessor econômico de Obama, Larry Summers. (Valor Econômico)