AGRONEGÓCIO: Lideranças prestigiam evento da Abag na Cocamar

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Cerca de 100 pessoas, entre lideranças agropecuárias, presidentes de cooperativas e representantes de vários outros setores ligados à atividade rural no Paraná, participaram na manhã de quinta-feira (20/07), em Maringá, do encontro promovido por Abag (Associação Brasileira de Agribusiness) e Cocamar, no qual a Ocepar foi representada pelo assessor da diretoria, Guntolf van Kaick. A finalidade: debater propostas que serão encaminhadas aos candidatos à presidência da República. Na abertura do evento, o presidente da Cocamar e diretor da Abag, Luiz Lourenço, enfatizou que já é praxe a realização desses encontros a cada quatro anos para pontuar as principais reivindicações do agronegócio e buscar o comprometimento dos candidatos. Em seguida, o diretor da Abag e organizador do encontro, Luiz Antonio Pinazza, disse que apesar do campo estar enfrentando uma situação de grandes dificuldades há cerca de três anos, ainda contribui de forma substancial para com o País.

Rodrigues - Durante o período em que Roberto Rodrigues esteve à frente do Ministério da Agricultura, lembrou Pinazza, o Brasil acumulou um superávit comercial de US$ 100 bilhões graças ao agronegócio. Da mesma forma, acrescentou ele, a inflação é baixa devido aos valores considerados irrisórios dos alimentos, o que sacrifica os agricultores.

Seguro - Por outro lado, embora isto tenha sido uma grande luta de Roberto Rodrigues, o governo federal acabou não implementando o seguro rural. De acordo com Pinazza, se tivessem sido disponibilizados entre R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões, parte dos produtores teria conseguido resolver seus problemas.

Demanda mundial - O diretor da Abag expôs também que nos próximos dez anos o mundo aumentará de forma significativa suas demandas por cereais, oleaginosas e carnes. A previsão é que o volume de carnes precisará crescer em 230 milhões de toneladas para atender o crescimento do consumo; o de oleaginosas, cerca de 60 milhões de toneladas, enquanto o de carnes precisará ter uma expansão estimada em 48 milhões de toneladas. Considerando que as fronteiras mundiais da agricultura encontram-se praticamente esgotadas, a expansão agrícola terá que acontecer, necessariamente, no Brasil, onde ainda há estoques de terras para explorar.

Dificuldades - Pinazza lembrou que de 1999 a 2004 o agronegócio brasileiro viveu um período favorável e a área cultivada saltou de 33 milhões para 48 milhões de hectares. Daquele último ano em diante, a situação enfrentada pelo produtor foi exatamente o reverso da moeda, com câmbio e preços desfavoráveis, doenças vorazes como a ferrugem da soja, renda em queda e dívidas sem liquidez. “Neste período, o governo não fez a sua parte”, enfatizou o diretor da Abag. (Imprensa Cocamar)

Conteúdos Relacionados