Álcool: governo trata setor com amadorismo, segundo liderança

O governo trata o álcool de forma amadora. Quem afirma é o presidente do Comitê de Agroenergia e Biocombustíveis da Sociedade Rural Brasileira (SRB), o empresário Maurílio Biagi Filho. "Ele (o álcool) está que nem cachorro que caiu de mudança, pendurado em vários ministérios: Minas e Energia, Agricultura, Desenvolvimento", diz. "E o resultado disso é bem conhecido: todos tomam conta do álcool e ninguém toma conta do álcool."

Segundo Biagi, inexiste política pública para produção de álcool no País. Mas alerta: "Política pública é uma coisa, poder público é outra." Biagi diz também que o governo erra ao descumprir legislação que determina manter estoque de álcool suficiente para garantir o consumo durante um mês. Ressalta ainda que é impossível planejar a produção haja vista as falhas de fiscalização do governo em mapear a demanda real de álcool. Com relação ao setor, Biagi diz que a cadeia sucroalcooleira peca na comunicação. Avalia que o segmento falha em se comunicar mal com a sociedade e com o próprio governo. "Se houvesse uma campanha institucional do setor, o efeito dessas oscilações de preço - naturais do mercado - seria outro", analisa.