ALIMENTOS: Ritmo de crescimento da produção agrícola vai diminuir, diz OCDE

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A produção agrícola mundial vai continuar crescendo entre 2005 e 2015, principalmente devido à demanda dos países em desenvolvimento e dos mais pobres, mas o ritmo de subida vai se desacelerar, ao mesmo tempo em que aumentará a importância dos produtos animais e das preocupações com a qualidade. Estas são algumas das conclusões do relatório anual de perspectivas agrícolas da Organização para a Cooperação e o desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o documento, os países menos avançados terão que aumentar suas importações líquidas de alimentos, porque sua população vai crescer mais que a produtividade.

Oscilação nos preços - A diferença vai deixar esses países ainda mais expostos "aos caprichos das variações de preços", adverte. As grandes economias em desenvolvimento serão "o principal motor do crescimento mundial", com o crescimento do consumo em países como China e Índia e maiores exportações do Brasil e da Argentina, superando a maior parte dos membros da OCDE, comenta. A OCDE calcula que, como os preços da energia vão continuar elevados, os cultivos para elaborar biocombustíveis, como o milho nos Estados Unidos e a cana de açúcar no Brasil, serão os mais valorizados. A cana brasileira, segundo o relatório, deverá continuar ganhando fatias do mercado.

Desaquecimento - O grupo de países desenvolvidos relaciona o desaquecimento da demanda agrícola com a redução no crescimento da população, que na década 2005-2015 será de 1,1% ao ano. Os autores do relatório destacam que o aumento da renda per capita e a urbanização crescente estão modificando os hábitos alimentícios na maior parte dos países em desenvolvimento. O fenômeno aumenta o consumo dos produtos animais, e portanto de alimentação para o gado, além de frutas, verduras e alimentos industrializados. Assim, o comércio mundial de trigo e de cereais secundários vai subir a um ritmo "moderado" na década 2005-2015.
Os óleos vegetais e as farinhas protéicas utilizadas na alimentação animal vão superar os cereais. Assim, o comércio mundial de trigo e de cereais secundários vai subir a um ritmo "moderado" na década 2005-2015. Os óleos vegetais e as farinhas protéicas utilizadas na alimentação animal vão superar os cereais.O peso dos membros da OCDE no total mundial deve se reduzir tanto na produção quanto no consumo de produtos agrícolas. A subida da produção na década de referência será de 2,6% nos óleos vegetais, 2,4% na carne de ave, 2,2% nas oleaginosas, 1,9% na carne bovina, ovina e no açúcar, 1,6% na manteiga, 1,5% no leite, queijo e arroz e 1,2% no trigo. (Fonte: UOL Economia).

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