ANÁLISE DE MERCADO: Cotações do milho e soja

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Os preços internos do milho acumulam alta de quase 14% neste mês, segundo o Indicador ESALQ/BM&F, que fechou a R$ 21,51/saca de 60 kg nessa segunda-feira, 16. Os motivos da valorização são o aumento da demanda pelo setor de carnes, com vistas à maior procura ocorrida normalmente no final do ano e a menor oferta de milho neste período de entressafra. De março deste ano (média mensal) até esta primeira quinzena de outubro (preços médios do período), o preço do milho acumulou alta de 20,87% no mercado de lotes (entre empresas) e 15,28% no de balcão (ao produtor), na média de 12 importantes regiões de comercialização de milho no País. Em relação às exportações, de janeiro a setembro deste ano, o volume total embarcado de milho foi de 2,81 milhões de toneladas, segundo a Secex. Neste mês, as exportações continuam ocorrendo, mas em ritmo menor do que nos períodos anteriores, a julgar pelo movimento dos navios embarcando milho pelo porto de Paranaguá.

Soja - As cotações da soja voltaram a registrar sólidos ganhos nos futuros de Chicago nesta terça-feira (17/10). O bom momento continua, já que a firme demanda pelo produto norte-americano consegue absorver a pressão sazonal relativa à colheita. O melhor ritmo imprimido aos trabalhos de campo no decorrer das últimas duas semanas pode ser interrompido, de acordo com as projeções climáticas, que indicam tempo mais úmido pelos próximos dias. Além disto, segue o suporte patrocinado por outros mercados agrícolas, especialmente pelo milho. Cresce, também, o sentimento de que a soja está com preços desvalorizados em relação a outras commodities agrícolas que apresentaram ganhos mais expressivos nas últimas semanas. Ainda existe forte conteúdo especulativo, mas, a esta altura, se percebe, claramente, a presença de elementos fundamentais nas recentes altas especialmente o ressurgimento da demanda e a redução da oferta de trigo e milho. De acordo com boletim do USDA desta segunda-feira, a colheita da safra de soja dos EUA chega a 69%, contra 47% de uma semana atrás. Na mesma data do ano passado, os trabalhos de campo estavam concluídos em 74% das lavouras e, na média dos últimos cinco anos, em 65%.

Mercado interno - Mercado segue com escasso volume de oferta. Mesmo com a forte alta dos preços internacionais, o mercado interno segue disparado, bem acima da paridade. E esta parece ser a tônica de todo o período de entressafra. A taxa de câmbio anda bastante acomodada. Indicações de compra em Paranaguá entre R$ 33,00 e R$ 33,50 e, no oeste do estado, entre R$ 30,80 e R$ 30,20, dependendo do local de retirada e do prazo de pagamento. (Cepea/Esalq e Imprensa Granoeste)

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