ANDEF I: Seminário Andef para Jornalistas debate perspectivas do agronegócio
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As projeções conjunturais para o agronegócio e o mercado de defensivos agrícolas foram os temas principais debatidos na tarde de segunda-feira (25/05), em São Paulo, durante o I Seminário para Jornalistas sobre Conjuntura Econômica e Perspectivas do Agronegócio, organizado pela Andef - Associação Nacional de Defesa Vegetal. Este evento foi uma iniciativa do Comitê de Comunicação da Associação, formado por membros representantes da empresas associadas.
Palestrantes - As exposições foram feitas por José Otavio Menten, diretor-executivo da Andef, Fernando Homem de Melo, professor da FEA/USP, Roberto Ticoulat, vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira, e Samuel Zanello Milléo Filho, coordenador de Comunicação do sistema Ocepar/Sescoop, do Paraná.
Visão da Indústria - Em 2008, a venda do setor de defensivos agrícolas somou US$ 7,125 bilhões, segundo apresentação de Menten durante o Seminário. A projeção para 2009, de acordo com o diretor da Andef, é que o setor tenha uma queda de 10 a 15%. "A estagnação do setor sucroalcooleiro e o menor crescimento do algodão nos trazem essa projeção. A expectativa agora é o milho safrinha, que teve resultados melhores que o esperado".
Visão macroeconômica - Em relação à renda no campo, o professor Fernando Homem de Melo afirmou que os preços recebidos pelos produtores brasileiros fecharam abril em níveis relativamente favoráveis. "Uma das evidências favoráveis à próxima safra é que a comercialização atual está indo bem em termos de preços. Dados do MAPA mostram que a renda bruta de vinte produtos vegetais indica o segundo maior nível da história, e apenas 3,20% abaixo do excepcional ano de 2008", frisou ele.
Visão do produtor - Roberto Ticoulat fez uma projeção para o preço das oleaginosas, que terão retração no curto prazo no mercado internacional, devido a uma demanda mais fraca. "Em 10 anos, o comércio mundial de soja, farelo e óleo de soja crescerá 33%, 31% e 37%". Ticoulat expôs dados sobre o crescimento da população e, conseqüentemente, do consumo de alimentos em todo o mundo.
Visão da imprensa - Samuel Zanello Milléo Filho é um dos fundadores da Ajap - Associação de Jornalistas do Agronegócio do Paraná -, que existe desde 2005. Atual presidente da entidade, o jornalista trouxe aos profissionais presentes no seminário a idéia de disseminar a iniciativa para outros locais. "Um dos papéis da Associação é promover seminários que esclareçam a importância do setor agrícola para o país. Também incentivamos estudantes de jornalismo a ingressarem nesta área, que tem grande campo de trabalho, mas pouco interesse". Milléo apresentou alguns números sobre o agronegócio brasileiro e paranaense. Segundo ele, o Estado do Paraná, ao mesmo tempo que possuí apenas 2,3% do território brasileiro, 5,6% do total da população, responde por 22% da produção de grãos do País. "Esta importância que o agronegócio representa para a geração de empregos e riquezas para o estado é um motivo mais do que prescindível, para que esta primeira experiência brasileira de organizar profissionais de imprensa numa associação, iniciasse aqui no Paraná. Hoje o Paraná é o primeiro produtor milho, feijão, trigo e cevada. Segundo produtor nacional de soja e cana-de-açúcar, terceiro de laranja e o quinto de café. No setor de carnes, somos o maior produtor nacional de frango, segundo de leite e terceiro de suínos", frisou o jornalista. (Com informações da Assessoria de Comunicação - Andef)