Animais são abatidos no MS
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A Agência de Defesa Animal de Mato Grosso do Sul abateu neste fim de semana mais de 200 animais por causa da febre aftosa. Os 2005 animais de três propriedades foram levados para uma grande vala aberta no meio da fazenda. Os animais foram sacrificados com tiros. O abate durou menos de uma hora. Todo o rebanho do criador José Marcolino da Silva foi sacrificado por precaução porque a propriedade dele fica bem ao lado da fazenda onde foram descobertos novos casos de aftosa. “Só porque no vizinho que aconteceu os animais são sacrificados. Do meu lado não aconteceu. Mataram o gado dele depois de ter acontecido duas ou três vezes. Agora matam o meu sem acontecer”, diz ele.
Novos testes - O gado doente estava na fazenda Medianeira, em Japorã, e foi sacrificado na última sexta-feira. Cento e quarenta e um animais da propriedade foram abatidos. A Agência de Defesa Animal do Estado diz que esse foi o último sacrifício de bovinos na região. Mas os veterinários estão espalhados pelas propriedades coletando sangue de outros rebanhos. Os especialistas querem ter certeza de que não existe mais nenhum animal contaminado pelo vírus da aftosa. O governo de Mato Grosso do Sul diz que nada vai mudar o processo de erradicação da doença que começou em outubro do ano passado, quando foi descoberto o primeiro foco no Estado. A zona interditada também permanece a mesma dos últimos dois meses. Fazem parte da zona de risco os municípios de Japorã, Eldorado e Mundo Novo.
Sentinelas - Hoje os animais sentinelas, que vão servir para monitorar o vírus, devem chegar a Japorã. Eles serão colocados nas áreas onde a presença da aftosa foi detectada. Se depois de 30 dias não aparecerem os sintomas da doença, a região deve retomar as atividades. Segundo normas da Organização Mundial da Saúde Animal, o Estado recupera o status de livre de febre aftosa seis meses após o término dos abates.