ANUÁRIO EXAME: Cooperativas do Paraná entre as melhores do agronegócio

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

As maiores empresa do agronegócio do Brasil atuam em bebidas, comércio, óleos e farinha, alimentos e açúcar. Entre as 15 maiores não há nenhuma voltada prioritariamente à produção primária. E 13 têm sede em São Paulo, duas em Santa Catarina e uma no Rio de Janeiro. Mas, segundo o Anuário Exame 2006-2007 – Agronegócio, também algumas cooperativas ocupam destaque no ranking das 400 maiores empresas do setor. A Coopersucar, cooperativa voltada unicamente à produção de açúcar e álcool, é a 14ª empresa do agronegócio de 2005 e ganhou três posições entre 2004 e 2005. A Coamo ocupa a 28ª posição; a Central Aurora, de Santa Catarina, a 47ª posição. Apesar do amplo estudo feito pela revista, algumas informações merecem reparos, pois situa algumas cooperativas em setores totalmente diversos daqueles nos quais atuam, como a Batavo, situada no setor de óleos e farinhas; e a Frimesa, situada no setor de alimentos, bebidas e fumos.

Cooperativas brasileiras entre as 150 maiores empresas do agronegócio (dez. 2005).

Posição

Cooperativa

Estado

Faturamento em 2005 – R$ milhões

14ª

Coopersucar

SP

4.500,0

28ª

Coamo

PR

2.714,2

47ª

Aurora

SC

1.700,0

62ª

Itambé

MG

1.357,4                                                                             

69ª

Cooxupé

MG

1.190,6

70ª

C.Vale

PR

1.130,2

78ª

Carol

SP

974,9

82ª

Lar

PR

904,1

85ª

Cocamar

PR

887,2

91ª

Integrada         

PR

792,8

96ª

Comigo

GO

745,3

98ª

Coopercitrus

SP

735,2

101ª

Coopavel

PR

700,0

104

Cooperalfa

SC

691,1

105ª

Cooagri

MS

685,6

106ª

Agrária

PR

685,1

115ª

Batávia*

PR

640,0

116ª

Copacol

PR

635.3

123ª

Corol

PR

583,7

136ª

Batavo

PR

539,9

145ª

Frimesa

PR

489,0                                                                               

Fonte: Anuário Exume 2006 – 2007 – Agronegócio
* Empresa com participação das centrais cooperativas  CCLPL e Agromilk.

Crescimento da Coodetec – A Coodetec é uma das quatro cooperativas que integram o ranking das 50 maiores em crescimento, pontuada em 14º lugar, seguida da Coagri (MS), Cooxupé (MG) e da Cooperativa Rio do Peixe. A Coodetec, que no ano de 2004 aparecia em 362º lugar no item crescimento entre as empresas do agronegócio, em 2005 ficou em 14º lugar nesse ranking. No item faturamento do setor de pesquisa, a central surge em 3º lugar, superada apenas pela estatal Embrapa e pela Star One. A Coodetec, que até 1994 era o Departamento de Pesquisa da Ocepar, foi transformada em cooperativa central de pesquisa, com área de atuação em todo o Brasil.

Rações da Cocamar e óleos da Coamo – A Cocamar foi classificada em primeiro lugar no item rações e suplementos minerais, obtendo também a maior pontuação do setor no item responsabilidade social. Ocupa, ainda, o 1º lugar nos itens faturamento do setor e em número de empregados. A Coamo aparece entre os destaques do setor de óleos e farinha, pontuada em 3º lugar entre as gigantes do setor: Cargil Agrícola (1ª); Caramuru Alimentos (2ª), Pena Branca (4ª) e ABC (5ª).

Exportações de valor – Segundo o anuário, o Brasil é campeão em exportações mundiais de vários produtos, como laranja, carne de frango, açúcar, café, tabaco, carne bovina e etanol. E ocupa a segunda posição mundial na exportação de farelo de soja, soja e óleo de soja. E a 3ª posição em carne suína e algodão. Detém 81% do total do volume das exportações de suco de laranja, 35% da carne de frango, 33% do açúcar e 30% do café. Tem cerca de 1/3 do mercado de farelo de soja  e de soja e 28% do óleo de soja. No algodão, embora seja o 3º maior exportador mundial, detém apenas 5% do total das exportações dessa fibra. A União Européia continua sendo o principal dos destinos das exportações, com a fatia de 44% em, 2005, o que representou um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Os EUA ficam com apenas 10 % do total das exportações brasileiras, tendo havido um incremento de 4% entre 2004 e 2005.

O gargalo da armazenagem – Se a qualidade da infra-estrutura de apoio ao agronegócio pode ser medida pela armazenagem, o Brasil vai muito mal quando comparado aos outros países. Significa que tem capacidade para produzir mas é incapaz de proteger seus alimentos. Enquanto que nos Estados Unidos 65 % da capacidade de armazenagem está instalada nas fazendas, no Brasil esse índice chega apenas a 11%, muito longe da Argentina (40%), da União Européia (50%) e incomparável com o Canadá (80%). Pior é que a falta de armazéns em regiões produtoras importantes obriga os produtores a colocarem a produção em cima de caminhões, o que pressiona a venda e baixa os preços. A capacidade total de armazenagem do Brasil é de 109 milhões de toneladas, ainda longe da ideal, que é de 144 milhões de toneladas, ou 20% superior à safra.

Conteúdos Relacionados