ARTICULAÇÃO POLÍTICA: Escritório do Paraná, em Brasília, começa ser estruturado

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Esquecido ao longo do primeiro semestre do governo Beto Richa (PSDB), o Escritório de Representação do Paraná em Brasília será comandado pelo ex-ministro Alceni Guerra. A nomeação como assessor especial do governador ocorreu na terça-feira (12/07). Alceni terá a missão de reestruturar o órgão, que passou por um processo de enxugamento e conta hoje com apenas cinco funcionários - dois na área administrativa, dois motoristas e uma zeladora.

Histórico - O espaço também tem um histórico de instabilidade e de não conseguir articular os interesses do estado na capital. Ao longo das administrações Roberto Requião e Orlando Pessuti (PMDB), o escritório teve quatro responsáveis - Nivaldo Krüger, André Zacharow, Eduardo Requião e Victor Lacombe. Além disso, passou por diferentes status administrativos. Até 2009, o órgão funcionava apenas como um braço da Casa Civil em Brasília. Para poder nomear o irmão Eduardo sem infringir a súmula antinepotismo editada pelo Supremo Tribunal Federal em 2008, Roberto Requião transformou o órgão por decreto em secretaria especial. Em maio de 2010, com a exoneração de Eduardo pelo então governador Pessuti, o espaço voltou a funcionar como um escritório.

 

Diagnóstico - Alceni diz que fará um diagnóstico da infraestrutura atual e da demanda existente na semana que vem. Ele sabe que enfrentará problemas. "Eu tenho dito que estou encarando esse convite como uma missão, que precisa ser cumprida integralmente e o mais rápido possível." A primeira sondagem do governador aconteceu em janeiro, mas não prosperou porque Alceni desejava se afastar da política para cuidar dos negócios da família. Médico, ele foi ministro da Saúde e da Criança no governo Fernando Collor (1990-1992). Era deputado federal até o ano passado, mas não se candidatou à reeleição.

 

Desafio - A mudança de planos aconteceu porque o desafio "cresceu", segundo Alceni. "Apareceu um problema de articulação do governo do estado com os parlamentares e o governo federal, justamente em uma época em que os recursos da União se tornaram fundamentais. Precisamos estar atentos para não perdermos os recursos disponíveis para as obras da Copa do Mundo." O ex-deputado também estuda ampliar as atribuições do órgão. "Os prefeitos estão reclamando muito e ainda há uma demanda das organizações do terceiro setor por mais espaço em Brasília." Ele não sabe, entretanto, se vai receber mais funcionários e recursos.

 

Austeridade - O discurso do secretário da Casa Civil, Durval Amaral, é de austeridade. "Reduzimos a estrutura do escritório ao mínimo necessário nesse começo de governo. Vamos passar por uma fase de reestruturação, mas não faremos nada faraônico, nada que signifique ostentação", explica Amaral. (Gazeta do Povo)

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