AVICULTURA: Fundos de acionistas da Perdigão dizem não à Sadia
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Tudo indica que não será desta vez que a Sadia, a maior empresa brasileira de alimentos, comprará a sua principal concorrente, a Perdigão. A oferta pública feita pelas ações da Perdigão, no valor total de R$ 3,7 bilhões, tem problemas de forma e de conteúdo, segundo o presidente da empresa, Nildemar Secches. Por essa razão, sequer será convocada a Assembléia Geral de Acionistas que deveria indicar uma instituição financeira para a preparação de um laudo de avaliação. A Sadia contestou essa avaliação sobre sua oferta. Também os fundos acionistas da Perdigão rejeitaram a oferta. Segundo comunicado ao mercado, os fundos decidiram não aderir à proposta. (Fonte: Gazeta Mercantil)
Sadia não quer recuar - A Sadia só desistirá de adquirir o controle da Perdigão se a proposta que apresentou for considerada irregular pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A ofertante continua firme, porém, na decisão de manter o pagamento máximo por ação da rival em R$ 27,88. De acordo com o diretor Finceiro e de Relações com Investidores da Sadia, Luiz Murat, a Sadia considera que o lance feito por ela pela Perdigão é "transparente e democrático para 100% dos acionistas da Perdigão; está em perfeita consonância com o mercado de capitais e, em especial, com as regras do Novo Mercado". Em entrevista telefônica à Folha, ele lembrou que a CVM tornou pública a proposta na segunda-feira logo que o mercado abriu, exatamente como de praxe. Murat ponderou ainda que o órgão regulador "está de olho com quatro lupas" sobre a oferta. Ontem (18/07), a Perdigão anunciou que a maioria dos sócios da empresa deliberou que o preço aventado pela Sadia era baixo (consideravam justo algo na faixa de R$ 35) e que a oferta descumpria exigência do estatuto da Perdigão, que prevê oferta pública apenas em caso de o acionista possuir 20% da empresa. (UOL Economia)