AVICULTURA: Sadia eleva oferta por Perdigão

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A Sadia elevou ontem em 4% sua oferta para adquirir a Perdigão. A empresa comunicou que está disposta a pagar R$ 29,00 por ação da concorrente. O valor anterior, anunciado na segunda-feira, era de R$ 27,88 por ação. O novo preço representa um prêmio de 40,4% sobre a cotação média das ações da Perdigão nos 30 dias anteriores ao início da oferta. O novo preço eleva em R$ 165 milhões o valor oferecido pela Sadia por 100% das ações da Perdigão, para R$ 3,88 bilhões. O Valor apurou que os fundos de pensão, que juntos têm 49,5% do capital da Perdigão, devem rejeitar a nova proposta mais uma vez." Não é nossa intenção fazer leilão. Além do preço, não gostamos da forma como a oferta foi feita " , informou fonte de uma das fundações. Já na noite de ontem, a Previ, após reunir seu conselho, enviou à Perdigão comunicado informando que rejeita a nova oferta.

Preço maior - As fundações têm estimulado bancos de investimento a trazer novas propostas de aquisição de suas ações na Perdigão. Grupos estrangeiros, entre eles a Tyson Foods, Smithfield e a Cargill já foram procurados. Na terça-feira, os fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras), Fapes (BNDES), Valia (Vale do Rio Doce), Sistel (Telebrás), Real Grandeza (Furnas) Previ-Banerj (sistema Banerj), PSPP (da Perdigão) e a WEG Participações haviam rejeitado a primeira oferta por considerar o valor muito baixo. Como os acionistas que rejeitaram a proposta detêm juntos 55,38% do capital da Perdigão - o que inviabilizaria a intenção de a Sadia adquirir 50% mais uma ação -, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) havia dado 24 horas para a Sadia informar se retiraria ou não a oferta. A Sadia decidiu mantê-la e elevar o valor. Na terça-feira, o presidente da Perdigão, Nildemar Secches, havia admitido que os acionistas poderiam mudar de idéia " especialmente se o preço fosse maior". (Fonte: Valor Econômico).

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