BATAVO: Grãos armazenados são tema de simpósio em Ponta Grossa

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Cerca de 800 pessoas estiveram participando do primeiro dia do 6º. Simposio Paranaense de Pós-Coleita e 5º Simpósio Internacional de Grãos Armazenados, vindas de diversas regiões do estado e do país, no Centro de Eventos de Ponta Grossa. A solenidade de abertura, realizada nesta quarta-feira (26/05), teve a presença do Secretário de Agricultura, Walter Bianchini, que falou sobre  a importância da minimização das perdas no pós-colheita, e das novas variáveis do processo de armazenagem, como certificação dos produtos, a segregação de grãos transgênicos e convencionais, e  uso de tecnologias capazes se suportar a qualidade dos grãos produzidos no estado maior produtor nacional. O superintendente adjunto do Sistema Ocepar, Nelson Costa, também participou da abertura. Os debates estão ainda sendo acompanhados pelo analista da Gerência Técnica da Ocepar, Robson Mafioletti.

Derly Dossa - O Assessor Técnico do Ministério da Agricultura, Derly Dossa, apresentou no evento  os reflexos da crise no agronegócio, que não esteve imune, mas que o setor está sendo o grande responsável pelo saldo da Balança Comercial, e que,  historicamente, foi o grande regulador para os planos econômicos lançados pelos governos brasileiros. "O setor tende a continuar produzindo mais, para atender a crescente demanda por alimento. Por isso, nossa resposta à crise deve ser a continuidade da orientação para o mercado. A competição será o nosso foco para atender esta demanda. Nós, da área técnica, temos que ser otimistas e trabalhar com uma projeção crescente de produção para 20018/19, na ordem de 28,7% para as commodities soja, milho, trigo, arroz e feijão; e um crescimento expressivo de 51%, para este mesmo período, na produção de carnes de frango, bovina e suína, podendo o país ser o maior produtor e exportador e produtor mundial destes alimentos", afirmou Dossa.

Balança Comercial -A avaliação da Balança Comercial também foi a pauta do palestrante Paulo Molinari, da Safras e Mercado de Curitiba. O saldo de US$ 24,25 bilhões avaliado até maio, teve contribuição da diminuição no volume de importação. Analisando o cenário atual do agronegócio, Molinari acredita que o USDA foi muito conservador na intenção de plantio de soja, com projeção  de aumento de apenas 300 acres nos EUA. "Esta projeção está sendo revisada, e devemos estar atentos ao 30 de junho, data que o USDA informa novamente o relatório para projeção de soja. No Oeste dos EUA, o plantio segue atrasado". Na perspectiva macroeconômica, Molinari mostrou que a quebra de produção na América do Sul e a expectativa em relação ao clima nos EUA, são fatores que ainda estão sustentando os preços da commodity soja.  E o fenômeno El Nino indica que haverá chuva acima do normal daqui para a frente nos EUA, até o final do ano, podendo pegar a época de colheita. Quanto às expectativas futuras, os riscos de preço estarão ligados a fatores como clima também na América do Sul, com muita chuva e geada para os próximos meses; retração maior de área plantada nos EUA em 2009; amortização da recessão e retomada da demanda mundial das principais commodities; volta da alta do petróleo e problemas climáticos na Europa.

Pragas e Mixotoxinas - O evento acontece até esta sexta-feira (29/05), com palestras sobre Métodos de Controle de Pragas e Micotoxinas no Processo de Armazenagem; Tipos de Secadores e suas tendências; Certificaçãos das Unidades Armazenadoras e Produção Integrada e rastreabilidade de grãos. A grandiosidade do evento, que já conta com mais de 1000 inscritos, mostra a importância e interesse cada vez maior de técnicos nesta área, tão importante para garantir a qualidade dos grãos produzidos. Os Simpósios estão sendo realizados pelas cooperativas Capal, Batavo e Castrolanda, com o apoio da Abrapós. (Imprensa Batavo)

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