Brasil e Tunísia fecham acordo para intercâmbio tecnológico

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, e o ministro de Negócios Estrangeiros da Tunísia, Abdelwaheb Abdallah, assinaram na segunda-feira (16/01) convênio de cooperação visando promover o intercâmbio tecnológico. Foram negociados dois acordos com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) na área de informação e integração tecnológica, envolvendo frutas e produtos florestais, especialmente madeiras. Brasil e Tunísia também devem ampliar a parceria comercial por meio de joint ventures. Segundo o ministro Roberto Rodrigues, a parceria entre empresas privadas contará com apoio das câmaras setoriais do Conselho Nacional do Agronegócio (Consagro). “Como será uma negociação sem a interferência do governo, a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) vai informar às câmaras setoriais as áreas de interesses de empresas comerciais dos dois países”, explicou.

Potencial - O ministro lembrou que as relações comerciais entre Brasil e Tunísia ainda são tímidas, mas com grande potencial de crescimento. Atualmente, entre os produtos agrícolas exportados pelo Brasil para aquele país estão açúcar, café e óleo de soja. A Tunísia, por sua vez, vende para o Brasil principalmente fertilizantes, tâmaras secas e azeite de oliva virgem. Na ampliação do comércio bilateral, a Tunísia quer ampliar as exportações de fertilizantes químicos. “O Brasil importa 50% do seu consumo de fertilizantes e a Tunísia é um importante fornecedor”, informou Rodrigues. Em 2005, o agronegócio brasileiro exportou US$ 77,7 milhões em produtos para a Tunísia, que importou US$ 1,1 milhão, resultando num superávit de US$ 76,5 milhões para o Brasil, ante um saldo positivo de US$ 84 milhões em 2004.

Mercado - Com a formação de parcerias entre empresas privadas do agronegócio, o ministro espera que o Brasil aumente a sua participação no mercado tunisiano. Uma das potenciais áreas de interesse é o setor de carnes. A Tunísia é o 63º mercado das exportações do agronegócio brasileiro. “Hoje participamos com menos de 4% do que a Tunísia compra no mercado externo”, disse Rodrigues. ( Mapa)

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