Brasil já pode habilitar frigoríficos a exportar carne para os EUA
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A partir de agora,
a lista de estabelecimentos habilitados a exportar carne para o mercado norte-americano
será elaborada pelo Departamento de Inspeção de Produtos
de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA)
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Antes, a relação era feita pelo Serviço de Inspeção
e Segurança Alimentar (FSIS) dos Estados Unidos. Nesta semana, a Embaixada
dos EUA em Brasília informou ao Mapa que o FSIS havia concedido ao Dipoa
a prerrogativa de elaborar a lista de estabelecimentos habilitados a exportar
para o mercado norte-americano. A medida foi tomada em conseqüência
da auditoria realizado no Brasil pelo FSIS entre 19 de outubro e 7 de novembro
deste ano.
Suínos - Além de contemplar as atuais exportações
de carne bovina termoprocessadas, a decisão abre a possibilidade de o
Brasil exportar carne suína termoprocessada para os EUA. Segundo o diretor
do Dipoa, Nelmon Oliveira da Costa, a abertura definitiva das exportações
de carne suína termoprocessadas depende da implantação
de programas de autocontrole pela indústria inspecionada. O Brasil só
poderá ingressar efetivamente com carne suína termoprocessada
no mercado dos EUA a partir de julho de 2006, prevê o Dipoa. Até
lá, o país deve realizar auditorias internas para avaliar a equivalência
dos programas das empresas brasileiras com a legislação dos Estados
Unidos. Para o diretor do Dipoa, a concessão do Departamento de Agricultura
dos EUA se deve ao esforço feito pelo Mapa. Entre as medidas tomadas
pelo ministério, Oliveira citou a contratação de novos
servidores para o Serviço de Inspeção Federal (SIF), a
realização de cursos de reciclagem e treinamento, os investimentos
nos laboratórios da rede oficial e a revisão das metodologias
de análises.
Auditorias - De acordo com Oliveira, o trabalho do Dipoa também
foi fundamental para a decisão do governo dos EUA. Neste ano, acrescentou,
o órgão desenvolveu e implantou importantes procedimentos de auditorias
de autocontrole das empresas e do sistema de inspeção que permitiram
a equivalência com a legislação norte-americana. “Esse
aprimoramento do sistema de inspeção brasileiro também
permitirá a equivalência com a legislação da União
Européia, que entrará em vigor em 2006”, afirmou. (Fonte:
Mapa)