C.VALE: Cooperativa emprega mais de 100 portadores de necessidades especiais
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Há mais de quatro décadas, a C.Vale vem ajudando a desenvolver o país ao oferecer emprego, renda e qualidade de vida para milhares de famílias. São quase cinco mil postos de trabalhos espalhados em quatro estados brasileiros e no país vizinho, Paraguai. Atenta às exigências legais e preocupada com a inclusão social, a cooperativa está empenhada em atender o programa para Pessoas Portadores de Deficiência (PPD). Com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, 106 portadores de deficiências física, mental, auditiva, visual e múltipla desempenham várias atividades profissionais dentro da empresa.Potencial - Para melhor aproveitamento do potencial individual desses profissionais, já no processo seletivo é feita uma triagem sobre habilidades e condições de trabalho, que só é validada após exame médico. "Nos primeiros 30 dias fazemos um acompanhamento de perto para avaliar sobre sua adaptação", revela a assistente social e encarregada pelo programa, Dóris Giovane Pedron Alves. Segundo ela, em alguns casos, esse acompanhamento é feito também com a família. "É importante sabermos se ela incentiva o PPD a trabalhar fora", complementa. A cooperativa também desenvolve um trabalho de sensibilização nos setores para receber e auxiliar o PPD em suas atividades.
1º emprego - Anderson Arroyo Garrido, 27 anos, portador de deficiência visual, residente em Altônia, fala com orgulho que no dia 14 de julho, completa um ano de empresa. "Esse é o meu primeiro emprego, e com carteira assinada. A C.Vale me deu a oportunidade de mostrar que tenho condições de trabalhar como qualquer outra pessoa. Na realidade ela me deu a independência", enfatizou Anderson que trabalha no primeiro turno do abatedouro, na lavanderia. Ao relembrar, sua trajetória de conquistas, revelou com orgulho que a cooperativa ajudou a realizar um grande sonho. "Economizei e comprei um computador. Agora estou trabalhando pra comprar uma casa", planeja.
Mesma área - Recém contratado nessa mesma área, José Adair Mendes Guimarães, 34 anos, portador de deficiência mental, reforça as palavras de Anderson dizendo que a cooperativa também olha pra família ao dar vale alimentação, plano de saúde e odontológico. "Eu preciso trabalhar. Tenho esposa e três filhos pra tratar e me disseram que a empresa é boa, estou aqui". A encarregada pelo setor de vestiário e lavanderia, Mari Tereza da Silva Valérius, diz que só nesse setor a C.Vale emprega nos três turnos, 96 pessoas, sendo 10 PPD. "Logo que são contratados, estamos sempre perto para ensinar, tirar dúvidas, reforçar sobre o uso adequado de equipamentos de segurança, mas depois disso são tratados como qualquer outro profissional. Não vejo o porque fazer diferença se a capacidade produtiva é igual", atesta.
Planejando o futuro - Claudemir Loeblan, 26 anos, casado, pai de uma filha de seis anos, residente em Nova Santa Rosa, diz que a sua deficiência física nunca foi empecilho pra trabalhar, porém teve dificuldade para se colocar no mercado de trabalho. "A C.Vale foi o meu primeiro emprego com carteira assinada. Estou aqui há três anos e meio e não pretendo sair tão cedo. Sei que posso fazer mais pela empresa e ela por mim", diz Claudemir que trabalha no almoxarifado do abatedouro. Outro integrante da família C.Vale é Juliano Formentini, 27 anos, admitido recentemente para a área administrativa. Mesmo não falando e nem ouvindo, ele tem facilidade de comunicação. Antes de ser contratado, ministrou para um grupo de funcionário da cooperativa um curso de libras. Ele diz também que é o seu primeiro emprego e está muito feliz. "Com essa oportunidade volto a planejar minha vida profissional e pessoal. Quero retomar a faculdade de administração e me qualificar melhor pro mercado", diz.
14,5% PPD no BR - Cerca de 600 milhões de pessoas no mundo, tem algum tipo de deficiência. Só no Brasil, são 25 milhões, 14,5% da população, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Cotas - No Brasil, a Lei de Cotas, define que as empresas que possuem 100 ou mais empregados devem reservar uma cota de vagas para portadores de deficiência (entre 2% e 5%, conforme o número de empregados da empresa). Apesar dos esforços, o maior desafio da C.Vale tem sido preencher essas vagas por não encontrar profissionais no mercado. Alguns não atendem a convocação da cooperativa por preconceito, outros porque não querem abrir mão do Benefício de Prestação Continuada ou de Aposentadoria por Invalidez já conquistados. Mesmo assim, a cooperativa continua disponibilizando vagas para PPD. (Imprensa C.Vale)