CÂMARA: Pecuarista não é criminoso, diz Lupion
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Perplexos, os parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, assistiram, nesta quartafeira (09/07), em conjunto, a três vídeos assinados pelo Ministério Público Federal contra a produção de carne ilegal. A Campanha - intitulada Carne Legal - começou a ser veiculada nesta semana nas principais emissoras de TV e rádio do país. As peças publicitárias relacionam a produção brasileira de carne ao desmatamento ilegal, ao trabalho escravo e à lavagem de dinheiro.
Desserviço - O agravante, segundo o presidente da Comissão, deputado Abelardo Lupion, é o desserviço ao Brasil. "As famílias brasileiras estão chocadas com essa extrapolação do Ministério Público. Não é possível generalizar dessa forma. Não é possível criminalizar toda a pecuária, um setor tão importante para o Brasil. Nós parlamentares repudiamos os crimes de desmatamento ilegal, trabalho escravo e lavagem de dinheiro e esses devem ser reprimidos pela polícia. Mas o setor rural não é criminoso como o Ministério Público quer fazer crer", criticou.
Crime - Para o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), é um crime de "lesa-pátria", sinalizando que o Ministério foi "infeliz" na abordagem de um assunto tão complexo, deixando a entender ao público que todo o setor rural está na ilegalidade. Depois de assistirem aos vídeos, o deputado Giovani Queiroz (PDT/PA) apresentou requerimento, aprovado pela maioria, de repúdio à campanha "difamatória". "Nós tínhamos que ter o direito de poder convocar o Procurador Geral da República para responder por atos absurdos praticados pelo Ministério Público, extrapolando a sua função, denegrindo hoje a imagem da carne brasileira, amanhã da soja brasileira, do etanol brasileiro se for produzido na Amazônia", completou o parlamentar. (Assessoria de Comunicação da Comissão de Agricultura)