CÂMBIO: Dólar cai 1,72% na semana e fecha a R$ 1,937
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Pelo segundo pregão seguido, a formação da taxa de câmbio foi determinada pelos vendedores. Segundo o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel, os agentes tomaram como referência o comportamento da divisa americana no mercado externo e também reagiram à percepção de maior fluxo de recursos para o mercado doméstico. Ao final da sexta-feira (26/06), o dólar comercial valia R$ 1,937 na compra e R$ 1,939 na venda, queda de 0,66% sobre o fechamento de quinta-feira (25/06). Com isso, a divisa encerra a semana acumulando perda de 1,72%. No mês e no ano, a desvalorização está em 1,57% e 17%, respectivamente.
BM&F - Na roda de "pronto" da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), a moeda caiu 0,64%, encerrando a R$ 1,936. O giro financeiro foi de US$ 135,75 milhões, pouco acima do registrado ontem. Já no interbancário o volume foi baixo, pouco mais de US$ 1 bilhão, cerca de metade do registrado na quinta-feira e o menor da semana.
Reflexo - Segundo Battistel, boa parte da queda de preço do dólar reflete a entrada efetiva ou mesmo a expectativa de entrada de recursos em função da oferta de ações da Visanet. A empresa de meios de pagamento fez a maior oferta pública de ações da história da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), movimentando R$ 8,39 bilhões. Se o investidor estrangeiro manteve a média de participação registrada em outras ofertas, eles compraram entre 60% a 80% dos papéis, o que equivale a US$ 2,4 bilhões a R$ 3,5 bilhões.
Sinal - Um sinal de movimentação fora do normal no mercado, segundo Battistel, foi a atuação do Banco Central antes das 11 horas da manhã. Normalmente o BC faz seus leilões de compra ao meio-dia ou por volta das 15 horas. A taxa de corte no leilão ficou em R$ 1,939. Ainda de acordo com Batistel, a influência dessa oferta de ações no mercado de câmbio deverá ser sentida até a data de liquidação financeira da operação, que acontecerá no dia 1º de julho. O gerente também aponta que a moeda americana perdeu valor contra seus principais rivais externos, como euro e libra. A China voltou a questionar o status de moeda reserva do dólar. O país, que tem mais de US$ 1,95 trilhão em reservas, reforçou o pedido de uma moeda supranacional. (Valor Online)