CARNE: Mafrig pára na Argentina

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Mais um frigorífico brasileiro está tendo problemas com o bloqueio às exportações de carne na Argentina. Depois do JBS-Friboi ter anunciado que poderá suspender 1,5 mil de seus 4 mil empregados no país, o Marfrig reduziu pela metade o volume de abate na última semana e meia e paralisou uma unidade do Quickfood, empresa que comprou no ano passado. Em comunicado enviado anteontem (21/05) à Bolsa de Valores de Buenos Aires, o Quickfood informou que a unidade de Villa Mercedes, na Província de San Luis, está "paralisada temporariamente desde o dia 12, diante da dificuldade de obter ROE", sigla para registros de exportação concedidos pelas autoridades argentinas, que vinham sendo pedidos há mais de 50 dias. O Marfrig tem oito unidades frigoríficas na Argentina.

Redução das exportações - Desde 2006, a Argentina vem restringindo exportações de carne com o objetivo de garantir o abastecimento interno a preços estáveis. No ano passado as vendas foram reabertas, porém limitadas por cotas. Em janeiro a cota anual foi estabelecida em 480 mil toneladas, mas em abril, devido à crise entre o governo e os agricultores, por causa dos tributos sobre as exportações de grãos, as vendas de carne foram novamente suspensas. Na segunda-feira, com a perspectiva de um acordo com os agricultores, o governo anunciou a reabertura das exportações, a ampliação da cota para 500 mil toneladas anuais e a liberação total da venda de carne termoprocessada. A liberação dos registros está condicionada a que as empresas comprovem ter abastecido o mercado interno e garantido a manutenção dos preços de 13 cortes mais populares, segundo uma tabela oficial. Dos cerca de 500 frigoríficos em atividade na Argentina, 205 estão com suas operações comprometidas. (Valor Econômico)

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