CASA PRÓPRIA: Para Zonta, governo exclui cooperativas do pacote para habitação

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As medidas anunciadas pelo governo para baratear a compra da casa própria excluíram as cooperativas habitacionais, de acordo com conclusão do presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado federal Odacir Zonta. Uma das principais medidas que poderia beneficiar as cooperativas, ou seja, a redução dos custos de alguns itens utilizados na construção civil, provocada pela redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - que passou de 10% para 5% -, não surtirá grande impacto nas cooperativas. Isso porque os produtos especificados, como chuveiros elétricos, revestimentos e sanitários, causam pouco impacto no custo final das unidades habitacionais, diante dos gastos que os cooperados têm com concreto, aço, cimento, por exemplo. Em relação à liberação dos Bancos do uso da TR (taxa referencial) no financiamento habitacional, ou seja, as instituições financeiras poderão fixar uma taxa de juros anual, sem necessidade de acréscimos da TR, também não há benefícios às cooperativas, porque estas são autofinanciáveis e não cobram juros de seus cooperados. Foi reinstituído, entre outras medidas, o financiamento direto ao construtor pela Caixa Econômica Federal. A linha de crédito terá R$ 1 bilhão neste ano e R$ 3,5 bilhões em 2007, com possibilidades de suplementação, modalidade que não existia no governo anterior. Odacir Zonta lamenta que enfoque do pacote foram as construtoras. “Mais uma vez faltou a compreensão, de parte do governo, sobre o papel social e econômico das cooperativas que, definitivamente, não estão e nunca estiveram no centro das prioridades do governo como alternativa para a solução do déficit habitacional”, encerra o presidente da Frencoop.(MB Comunicação)

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