Célio Porto empossado na Secretaria de Relações Internacionais
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, empossou na terça-feira (17/01) seu ex-chefe de gabinete, o economista Célio Porto, no cargo de secretário de Relações Internacionais do Agronegócio. Ele substituiu a economista Elisabeth Seródio, que se exonerou no início do ano por motivos particulares. Na mesma solenidade, Rodrigues deu posse ao seu novo chefe de Gabinete, o engenheiro agrônomo Maçao Tadano, ex-secretário de Defesa Agropecuária e ex-assessor especial do Mapa. Ao final da cerimônia, realizada no auditório do Mapa, o ministro reiterou as prioridades da pasta para este ano. Segundo ele, o ministério dará atenção especial à defesa sanitária animal e vegetal. “Temos que implementar um programa definitivo para erradicação da febre aftosa no Norte e Nordeste. Além disso, precisamos implantar ações para evitar a entrada da gripe aviária no país e estabelecermos convênios com o setor privado para combater doenças como as que atacam a nossa citricultura.”
Rastreabilidade é prioridade - Rodrigues elencou ainda outras prioridades para 2006, como o novo programa de rastreabilidade bovina, o recebimento de missões da União Européia, a nova lei do cooperativismo e criação de uma universidade voltada ao setor cooperativo. Citou também a ampliação do seguro rural, o lançamento de um plano agrícola e pecuária que contemple as vocações regionais e o programa de integração lavoura-pecuária. “Na área internacional, o foco é ampliar o comércio com a China, Rússia, Índia, União Européia, Estados Unidos e Mercosul.”
Agricultura catarinense em dificuldades - As entidades do agronegócio solicitarão a presença, em Santa Catarina, do ministro Roberto Rodrigues, para conhecer a extensão dos prejuízos que o setor primário está sofrendo com a prolongada estiagem e adotar medidas emergenciais. Decisão nesse sentido foi tomada ontem (19), em Florianópolis, durante reunião na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) com dirigentes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc), da Organização das Cooperativas (Ocesc) e representantes de outras instituições. O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, instalou a reunião alertando que a safra agrícola 2005/2006 começa a ser colhida em fevereiro com uma constatação preocupante: em conseqüência da estiagem que atinge todo o território catarinense, os produtores não terão condições de resgatar os compromissos assumidos com a rede bancária.
Grandes perdas - A estiagem que assola Santa Catarina provoca perdas que se aproximam de 1 milhão de toneladas de grãos, ou de R$ 300 milhões de reais. O forte calor dos último dez dias ampliou as perdas em todas as regiões do Estado. O produtor enfrenta, além da estiagem, a baixa dos preços. O milho está sendo vendido a R$ 14 a saca, quando deveria estar em pelo menos R$ 18; a saca da soja está em R$ 25 e deveria estar em R$ 35, enquanto o leite está em R$ 0,35 o litros. Os recursos do crédito rural disponibilizados pelo Governo cobriram menos de um quarto das necessidades. Dos R$ 100 bilhões necessários, apenas R$ 23 bilhões foram financiados pelo regime de crédito rural. Os demais 77% foram financiados pelas cooperativas de crédito e ou de produção agrícola, que tomaram dinheiro nos bancos. A Coopercampos, de Campos Novos, emprestou mais de R$ 18 milhões aos associados.