CICLO 2009/2010 II: Entidades esperam mais

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Não é apenas o volume de recursos que serão reservados pelo governo federal para o Plano Agrícola e Pecuário 2009/10 que preocupa as entidades que representam os produtores rurais brasileiros. Conforme sinalizou o Banco do Brasil na quarta-feira, o montante deverá ser entre 20% e 25% maior que os R$ 78 bilhões programados em 2008/09. Na melhor das hipóteses, seriam quase R$ 100 bilhões, abaixo dos R$ 110 bilhões pedidos pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e bem menos do que os R$ 150 bilhões demandados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Além dos recursos - Mas, para que a nova safra transcorra sem sustos e o setor possa recuperar o equilíbrio perdido com a asfixia de suas outras fontes de financiamento, como bancos e agroindústrias, no ciclo 2008/09, os dirigentes rurais pedem mais do que apenas mais recursos. Fábio de Salles Meirelles, veterano presidente da federação da agricultura do Estado, a Faesp, bate também em outras teclas, igualmente tamboriladas por outros dirigentes. Uma delas, a manutenção da exigibilidade dos recursos obrigatórios em 30% sobre depósitos à vista, já foi confirmada na quinta-feira  (26/03) pelo CMN.

Outras reivindicações  - Mas há outras questões. Na área de crédito, a Faesp pede a redução das taxas de juros e a desburocratização do acesso aos recursos oficiais. A entidade também defende a criação de um programa de fomento à armazenagem por pequenos e médios produtores, elevação de estoques públicos, revisão de preços mínimos, melhorias no seguro e constituição de um grupo para acompanhar o mercado de insumos. "Nas cadeias produtivas, os reflexos da crise financeira já chegaram aos produtores. Frigoríficos, usinas e tradings atrasam os pagamentos, daí a importância de um bom plano", afirma Meirelles. (Valor Econômico)

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