CLIMA: Motivados pelas chuvas, produtores intensificam plantio no Paraná
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Depois de um longo período de espera, as chuvas finalmente chegaram ao Paraná, trazendo ânimo e pressa aos produtores que, sem querer perder tempo, estão acelerando o plantio nas lavouras. De acordo com a Gerência Técnica do Sistema Ocepar, as chuvas iniciadas no dia 12 de outubro apresentaram maior intensidade nas regiões Sudoeste, Oeste, Noroeste e Centro-Sul do Estado. "No Centro Sul choveu de forma irregular. Em Castro, as precipitações foram de apenas 13,80 mm. Também no Norte Pioneiro e Norte do Estado as precipitações foram insuficientes para o plantio de forma generalizada e segura", explica o analista econômico Robson Mafioletti, que lembra ainda que os meses de agosto e setembro foram os de menores chuvas dos últimos tempos, fator que deixou os solos com baixíssima umidade acumulada.
Mais favorecidos - Entre os municípios onde o volume de chuvas foi satisfatório no período de 01 a 17 de outubro destacam-se Icaraíma, com 146,60 milímetros, Dois Vizinhos com 90,60 milímetros, Goioerê com 82,80 milímetros e Maringá com 79,60 milímetros. "Mas os volumes registrados ainda não foram suficientes repor a necessidade hídrica do solo. Ainda precisa chover mais", diz Mafioletti.
PRECIPITAÇÕES NO PARANÁ DE 01 A 17 DE OUTUBRO (em milímetros - mm)
Centro-Sul
Curitiba
60,20
Castro
13,80
Ivaí
48,60
Inácio Martins
74,80
Sudoeste
Dois Vizinhos
90,60
Oeste
Marechal Cândido Rondon
58,80
Noroeste
Maringá
79,60
Goioerê
82,80
Nova Tebas
51,60
Icaraíma
146,60
Norte
Nova Fátima
16,00
Joaquim Távora
4,20
Fonte: Inmet, Elaboração: Ocepar/Getec.
Plantio - Sobre a situação de plantio e colheita das principais lavouras em todo o Estado após as chuvas, o levantamento do Departamento de Economia Rural revela que por causa da escassez de chuvas nos últimos meses o milho da primeira safra 2007/08 foi semeado em apenas 59,4% da área, contra 75,3% no mesmo período de 2006. As estimativas de safra feitas no mês de setembro indicavam um aumento de área plantada de 4,2%, passando de 1,32 milhão de hectares na safra do ano passado para 1,38 milhão de hectares na safra deste ano.
Área estimada - Os produtores estavam animados com o aumento no preço do milho, decorrentes das exportações do grão, e projetaram um aumento de 600 mil hectares da área plantada em todo o Estado. Com as chuvas ocorridas, os produtores estão acelerando o plantio no máximo possível, mas é provável que não seja atingida toda a área estimada. A semeadura da soja está no início, devendo ser intensificada no mês de novembro. O levantamento do Deral indica o plantio em 1,4% da área prevista. Em 2006, no mesmo período foram semeados 12% da área. A falta de chuvas também dificultou o plantio de feijão da primeira safra 07/08, conhecida como safra das águas. A semeadura foi feita em apenas 58% da área prevista de ocupação de 336.630 hectares com a lavoura.
Comercialização - As chuvas irregulares podem frustrar as perspectivas dos agricultores que estão animados com os bons preços da comercialização da safra este ano. O levantamento do Deral demonstrou que as vendas de soja e milho da primeira safra estão melhores do que o ano passado. É o caso do milho, que está sendo vendido por até 46% a mais que no mesmo período do ano passado. A soja está sendo vendida com cotação 35% superior à do ano passado. O feijão preto, de cor e o trigo também estão com preços acima do ano passado.
Preços - O milho que está sendo vendido pelo produtor hoje por R$ 19,45 a saca com 60 quilos, foi vendido por R$ 13,26 a saca no mesmo período do ano passado. O mesmo está acontecendo com a soja, que foi vendida em média por R$ 26,55 a saca no mês de outubro de 2006 e este ano está sendo negociada por R$ 36,00 a saca. O feijão de cor, vendido a R$ 57,41 a saca no ano passado está sendo comercializado este mês por R$ 83,06 a saca. A cotação do feijão de cor está acompanhando essa valorização. No mês de outubro do ano passado era vendido em média por R$ 44,50 a saca e este ano está sendo oferecido por R$ 66,17 a saca. O trigo teve uma valorização de 40% em suas cotações. Foi vendido em média por R$ 26,09 a saca em outubro do ano passado e este mês está sendo vendido por R$ 32,68 a saca. (Com informações Deral)