CLIMA: Pesquisador prevê agressividade climática para o Brasil
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O Brasil enfrentará em médio prazo “uma maior agressividade das manifestações do clima”, algumas das quais já estão ocorrendo, e o país não está preparado para isso, opina o agrônomo, pesquisador e chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo Eduardo de Miranda. Em entrevista concedida para falar sobre conferência da ONU no Quênia sobre mudanças climáticas, Miranda falou sobre o possível cenário de mudanças climáticas, que é estudado por pesquisadores brasileiros.
Despreparo - “De forma geral, estas mudanças se caracterizarão por um contraste climático maior. Ou seja, chuvas mais intensas, períodos secos mais prolongados, uma maior agressividade das manifestações do clima”, explicou. O ecologista disse que não haveria aumento da incidência das chuvas ou das secas ao longo do ano, mas sim da sua intensidade. Nós vamos ter a ocorrência maior de períodos extremos, quer dizer, grandes chuvas, inclusive, com a ocorrência de vendavais e furacões, sobretudo no Sul do país. Na opinião do pesquisador, o país ainda não está preparado para enfrentar estas novas situações “até porque elas são completamente inéditas”. Algumas dessas manifestações já começaram. Segundo Miranda, o código de obras brasileiro não previa, por exemplo, ventos com a intensidade que tem sido constatada em algumas localidades ultimamente. O resultado é a destruição de construções, de torres de transmissão de eletricidade ou de sistemas de telefonia móvel. (Agência Brasil)