COASUL: Centro de treinamento em avicultura recebe primeiro lote de pintainhos
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Foi alojado nesta terça e quarta-feira (01 e 02/12) o aviário-escola da Coasul Cooperativa Agroindustrial na linha Santa Izabel em São João-PR. O aviário tem 150 x 36 metros (5,4 mil metros quadrados) e será usado como centro de treinamento para futuros avicultores e de pesquisa para a avicultura. Foram alojados 77.500 pintainhos, mas o local tem capacidade para 80 mil.
Importância - O médico veterinário e gerente da área de Fomento Avícola da cooperativa, Joares Carlos Gobbi, destaca a importância de se ter um local como esse. "Estamos desenvolvendo um projeto moderno e de nada adianta se não tivermos o cooperado capacitado para essa inovação. Temos matéria-prima boa, ração de boa qualidade, fábrica de ração nova, aviários novos e bem tecnificados, mas se as pessoas que forem trabalhar com esses aviários não estiverem preparadas para isso, o tripé não irá funcionar", explica Gobbi.
Estudos - O aviário-escola já iniciou estudos na área, para isso, o espaço interno foi dividido com telas em três partes de 50 x 12 metros, onde os pintainhos ficam separados por sexo. "As fêmeas tem um ganho de peso diário menor e uma conversão alimentar pior, quando comparadas com os machos. Elas necessitam de uma ração com níveis nutricionais inferior aos do macho, por isso quando separa-se as aves por sexo tem-se uma economia na formulação da ração. Além de serem mais fáceis as regulagens dos equipamentos em função da uniformidade das aves. Além disso, quando se trabalha com aves sexadas, consegue-se diminuir as perdas no frigorífico conseqüentemente se obtém um melhor rendimento", esclarece o médico veterinário. A partir disso será feita uma avaliação "já que muitos associados aguardam isso para então iniciar suas novas edificações".
Particularidade - O centro de treinamento é uma das particularidades do projeto avícola da Coasul. "Essa foi uma decisão da diretoria juntamente com o fomento avícola. Não conheço nenhuma empresa que tenha esse pensamento", completa Joares.
Estrutura - Os aviários devem contar com as melhores tecnologias disponíveis e infraestrutura exemplar: barracão totalmente em alvenaria e ferro, nebulização com alta pressão, ventilação com velocidade acima de 2.7 metros por segundo, quadro de comando para automação, arco de desinfecção, central de aquecimento e sistema de fornecimento de água e ração automáticos, cerca para isolamento do aviário, gerador de energia elétrica e sistema Dark House.
Luminosidade - Este último, Dark House, é um sistema de controle rigoroso de luminosidade, em que as aves permanecem em torno de 20% do dia no escuro e 80% com luz artificial controlada, o que possibilita o bem-estar das aves. O quadro de comando para automação, por exemplo, possui múltiplas funções, como o controle da umidade relativa do ar e da temperatura interna do aviário, controle da abertura e fechamento da cortina na entrada de ar, controle de ganho de peso diário através do sistema de pesagem e acesso aos dados do aviário por meio da internet.
Riscos sanitários - Para amenizar os riscos sanitários, os aviários serão isolados com cerca de tela, portaria com arco de desinfecção e uma sala de entrada para banhos e troca de roupas. São tecnologias que refletem no aumento da produtividade, redução na conversão alimentar, qualidade na carcaça, maior quantidade de quilos por metro quadrado, melhor ganho de peso diário e, conseqüentemente, maior renda financeira e melhor viabilidade econômica. (Imprensa Coasul)