COASUL: Produtores iniciam plantio de soja da safra 2009/10
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Foi dada a largada para o plantio da soja para a safra 2009/10. Com o fim do vazio sanitário no dia 15 de setembro, os produtores começam este mês o plantio do grão. A primeira estimativa do Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria Estadual Paranaense, é de que os agricultores irão trocar o milho pela soja. Mas para que haja uma boa safra, além de um clima propício é preciso também investir em tecnologia e adotar o uso de sementes tratadas e não utilizar as piratas.Aumento da área - Segundo dados do Deral o aumento da área com soja para o próximo ano será em torno de 6,5%, com um recorde de 4,28 milhões de hectares, ou 13,66 milhões de toneladas. Um novo recorde para o Paraná. Para técnicos do departamento, alguns fatores fazem com que haja a troca do plantio do milho pela soja, como o histórico dos preços do grão, o menor risco para a cultura da soja e em comparação com o milho, maior facilidade na hora de cuidar da lavoura. Contudo, isso não quer dizer que o produtor não deve se preocupar na hora do plantio.
Novas tecnologias - As novas tecnologias e a modernidade precisam ser levadas em consideração, já que vieram com a globalização para auxiliar e facilitar a vida do homem do campo e cada vez mais virão embutidas geneticamente nas sementes, tornando estas mais valiosas e fundamentais para o processo produtivo da lavoura. O uso de sementes tratadas, por exemplo, deve se tornar regra básica para quem hoje quer ótimos resultados na safra. O Engenheiro Agrônomo da Coasul Cooperativa Agroindustrial da unidade de Palma Sola-SC, Julmir Vanzella, explica que felizmente isso tem acontecido. "O tratamento de sementes com fungicidas é uma prática utilizada por um número cada vez maior de sojicultores. O número de sementes tratadas com fungicidas, que no Brasil, na safra 1991/92, não atingia 5% da área semeada, passou para mais de 95%, desde a safra 2001/02", destaca.
Sementes tratadas - Além de controlar patógenos importantes transmitidos pela semente, principalmente na fase de germinação, o uso de sementes tratadas é uma prática eficiente para assegurar populações adequadas de plantas. O tratamento com fungicidas foi recomendado oficialmente pela primeira vez no Brasil em 1981, para a maioria dos estados produtores, e atualmente agricultores de todo o país se utilizam dessa ferramenta importante para o manejo de doenças. Atualmente é comum também no tratamento a aplicação de micronutrientes e ainda, para melhorar a fluidez da semente na caixa da semeadora, o grafite, que pode ser substituído também por polímeros.
Pragas - Mas além dos fungos, inúmeras pragas podem causar danos à cultura da soja e comprometer assim o estande de plantas da lavoura. Hoje, as sementes de soja também podem ser tratadas com inseticidas, que de acordo com Vanzella, é muito importante, tendo em vista o crescente número de novas pragas que tem acometido as lavouras no Brasil. Ele aponta como outra vantagem para o uso das sementes já tratadas, o não contato direto do produtor com inseticidas no momento do tratamento da semente. "Como todos sabem, os produtos químicos oferecem risco a saúde humana, quanto menos contato a pessoa tiver, mais qualidade de vida ela terá", explica Vanzella. Além disso, ao se tratar as sementes, na maioria das vezes evita-se uma aplicação precoce de defensivos na lavoura prevenindo possíveis danos, portanto quando se faz a pulverização quer dizer que a praga já afetou a lavoura, prejudicando a qualidade dos grãos e a produtividade.
Coasul - A Coasul oferece e recomenda aos produtores o uso de sementes tratadas, isso possibilita uma melhor aplicação dessa tecnologia, pois o tratamento é realizado com controle maior de dose e de uniformidade de distribuição. Isso torna os produtos mais eficientes e reduz o risco de intoxicação humana durante esse processo. A cooperativa trata 97% das sementes na sede no município de São João, e o restante em algumas unidades. Todo o tratamento é realizado nos mais altos padrões de qualidade, oferecendo sempre o que há de melhor ao cooperado. No ano passado foram vendidas pela cooperativa aproximadamente 45 mil sacas de 40kg de sementes de soja tratadas.
Sementes piratas representam risco à qualidade da safra - Muitos produtores ainda utilizam sementes piratas, produzida e vendida sem garantias e sem origem, na hora do plantio da soja. Eles não se aperceberam do risco em que colocam a safra nacional e Paranaense. Estima-se, segundo informações do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), esse comércio ilegal causa prejuízos de R$ 830 milhões ao ano aos produtores formais. O Engenheiro Agrônomo, Vilmar Luiz Ferri, relata que dentre os associados da Coasul, 3% ainda utilizam sementes piratas. A razão disso pode ser a própria lei de sementes e mudas, aprovada em 2003, que deixou uma brecha que favoreceu a pirataria, quando permitiu que o agricultor produzisse sua própria semente. A idéia era reduzir custos, mas os produtores passaram a vender seu excedente, o que é ilegal. Segundo pesquisas, lavouras com semente certificada rendem de 10% a 30% mais do que áreas com semente sem origem oficial. Os pesquisadores afirmam que o custo com a compra fica entre 5% e 7% do total da implantação da lavoura, o que não justificaria a opção pelo preço baixo da semente pirata. (Imprensa Coasul)