COCAMAR I: Stephanes fala sobre a legislação ambiental na Expoingá
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Em entrevista coletiva no sábado (16/05), no auditório da Sociedade Rural de Maringá, durante a Expoingá, o ministro da Agricultura e do Abastecimento, Reinhold Stephanes, afirmou que os agricultores precisam se mobilizar para pressionar o Congresso Nacional para as mudanças que estão sendo discutidas no Código Florestal. "Precisamos mostrar força", disse Stephanes, lembrando que apesar do tempo exíguo - o prazo para averbação de reserva legal termina dia 17 de dezembro - ainda é possível debater esse assunto com a sociedade. "O agricultor não é vilão, como pensam alguns setores", disparou o ministro, que, entre outros, estava ao lado dos deputados federais Ricardo Barros e Odílio Balbinotti, do presidente da Faep e vice-presidente da CNA, Ágide Meneguette, do presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, e da presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo.
Cidades - Ele criticou a mobilização realizada recentemente por um grupo de artistas do Rio de Janeiro, numa tentativa de evitar mudanças no Código. "Há pessoas que não sabem do que estão falando e não entendem nada desse assunto. Quando eles [os artistas] puxam a descarga de suas privadas, não sabem que os dejetos vão poluir o mar que emoldura a cidade". Segundo Stephanes, 80% da degradação ambiental é causada pela população das cidades. Disse que assumiu um papel de liderança da agricultura ao articular e centralizar as conversações em torno do meio ambiente, e acrescentou que deputados como Ricardo Barros, "hoje uma liderança nacional", podem contribuir para que as mudanças sejam implementadas. "A legislação ambiental é uma colcha de retalhos, são mais de 16 mil itens, isto é impraticável", enfatizou o ministro, para quem a sociedade - "e não apenas o agricultor" - precisa dar a sua cota de participação.
País ecológico - Reinhold Stephanes disse também que o Brasil possui 30% de suas florestas nativas, "é um país ecológico", mas organizações não-governamentais europeias, que atuam sobre o meio ambiente, mantém atividades aqui e não naquele continente, onde apenas 0,5% de florestas foram mantidas. Por fim, afirmou que se o Código for aplicado "ao pé da letra", 80% das terras agricultáveis, no País, ficarão congeladas. "De início, 1 milhão de pequenos agricultores deixarão de existir". (Imprensa Cocamar)