CÓDIGO FLORESTAL: Micheletto é eleito presidente da comissão especial
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O deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) foi eleito nesta quarta-feira (14/10) presidente da Comissão Especial destinada a promover a revisão do Código Florestal Brasileiro em vigor desde 1965. Depois de muitos embates registrados nas últimas três sessões, os parlamentares escolheram também como 1° vice-presidente Anselmo de Jesus (PT-RO), 2° vice-presidente Homero Pereira (PR-MT) e como 3° vice-presidente Nilson Pinto (PSDB-PA). Como relator, foi designado pelo presidente eleito o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Produtor rural - Micheletto explicou que a comissão vai mostrar para a sociedade que o produtor rural não deve ser considerado o vilão dessa história ambiental. "Todos temos consciência que é preciso fazer as mudanças no Código Florestal Brasileiro para atualizá-lo e para que tenhamos uma lei maior. Por isso, vamos buscar o consenso e o bom senso para que a nova legislação ambiental seja fruto do entendimento porque na verdade o relatório será votado pelo Plenário do Congresso Nacional que representa toda a sociedade brasileira". Para ele, é preciso acabar com essa dicotomia entre ruralistas e ambientalistas.
Sessões - Micheletto destacou que serão promovidas sessões em todas as assembléias legislativas, serão ouvidas as entidades ligadas ao meio ambiente e ao agronegócio, toda a sociedade será convocada, inclusive as ONGs, para participarem desse debate da forma mais democrática e transparente. "Interpreto o dia de hoje como uma data histórica para o Brasil. Nossa intenção é trazer para dentro do Congresso Nacional um tema tão importante que interessa não só o meio rural como também o meio urbano". Ele disse que, inicialmente, será elaborado um calendário dos trabalhos da comissão especial.
Equilíbrio- Após a eleição, o deputado Rebelo disse que se a questão é polêmica, "a minha posição como relator é ter equilíbrio e tentar compatibilizar a agricultura e o meio ambiente, assim creio que nem ambientalistas devem temer um código que despreze o meio ambiente, nem os ruralistas devem temer um código financiado pelas ONGs estrangeiras". Vale lembrar que os ambientalistas não concordavam com a indicação do deputado Rebelo pelas suas posições em favor dos transgênicos e das bandeiras dos ruralistas. "Não reivindiquei esse desafio, mas o exerço com o mais elevado espírito público", destacou. (Assessoria de Imprensa)