COMBUSTÍVEL: Álcool deve ficar 10% mais caro no ano
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Mesmo com o previsto aumento de quase 9% na produção brasileira na safra 2006/07, iniciada em março, os preços do álcool no mercado interno este ano devem se manter pelo menos 10% acima dos valores praticados em 2005. Conforme analistas, a grande procura pelo produto no exterior e o crescimento da frota brasileira de carros bicombustíveis (flexfuel) ajudarão a manter os estoques baixos e uma oferta ajustada à demanda. Uma projeção realizada pela RC Consultores estima um crescimento acumulado no ano de 10,3% no preço médio do álcool hidratado (usado como combustível nos carros flex), encerrando 2006 com uma cotação média de R$ 1,07 por litro - valor pago à vista às usinas livre de impostos. Em maio, o preço médio foi de R$ 0,85 por litro, 16,7% abaixo da média praticada em abril, mas 46,6% mais alto que a média em maio de 2005. "A procura pelo combustível é crescente e a oferta é enxuta. A expectativa é que a recomposição dos estoques nas usinas aconteça dentro de dois anos", afirma o economista Fabio Silveira, da RC Consultores. Segundo ele, a trajetória altista de preços deve ter prosseguimento pelo menos nas próximas duas safras. Para Silveira, os preços não devem voltar a atingir a média de R$ 1,22 alcançada em março, quando houve forte alta devido à pouca oferta no país. O valor correspondeu a 72% do preço da gasolina praticada à época. Para ser vantajoso aos veículos bicombustíveis, o litro de álcool deve custar até 70 % do preço do litro da gasolina. Conforme o economista, o preço do álcool se manterá abaixo dos 70%. (Valor Econômico)