COMÉRCIO EXTERIOR II: Embora mais fraca que a de 2008, crise deve piorar saldo da balança
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A deterioração da crise internacional não afetou as transações internacionais do Paraná até agosto, mas é provável que isso ocorra nos próximos meses. A recessão na Europa, nos Estados Unidos e no Japão tende a reduzir os fluxos do comércio global, como ocorreu na “primeira rodada” da crise, entre 2008 e 2009, com efeitos na economia brasileira. Para o Paraná, os pontos críticos são as vendas de commodities agrícolas, em particular de soja, e de automóveis.
Risco - Por ora, não há indícios de que a retração provocada pelo segundo round da crise será tão forte quanto a primeira. Mesmo assim, a balança comercial do Paraná corre o risco de ficar ainda mais negativa do que já está. O motivo para isso é que, enquanto na virada de 2008 para 2009 quem mais sofreu foram as importações (que despencaram 34%, contra 26% de baixa nas exportações), desta vez as vendas ao exterior é que devem ser mais afetadas.
Patamares elevados - “Com a economia brasileira crescendo entre 3% e 4%, as importações devem se manter em patamares elevados, ainda que um pouco menores que os atuais. A conta que mais deve sofrer é a das exportações, sobretudo para mercados desenvolvidos”, avalia o economista Marcelo Curado, professor da Universidade Federal do Paraná. Para ele, a recente valorização do dólar – que em tese ajuda os exportadores e encarece as importações – deve durar pouco. (Gazeta do Povo)