COMMODITIES: Grãos têm queda de preço na Bolsa de Chicago

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A ocorrência de chuvas na Austrália e os rumores de precipitações no Brasil reduziram os preços dos grãos na Bolsa de Chicago (CBOT) ontem (08-10). A maior queda ocorreu com o trigo, de 3,4% em relação ao fechamento de sexta-feira. O contrato com vencimento em março do cereal encerrou a segunda-feira avaliado em 872 centavos de dólar por bushel.

Chuvas na Austrália - Foi o terceiro dia consecutivo com redução nos valores futuros do grão. "O mercado foi influenciado por realização técnica, pois estava sobrecomprado e agora está vendendo", disse o analista da Safras & Mercado, Élcio Bento. Segundo ele, a mudança nas posições ocorreu porque começou a chover na Austrália, o que pode aliviar a estiagem no país e recuperar as lavouras. Bento acredita que o mercado esteja buscando um novo patamar para o trigo, que ficará abaixo dos níveis do recorde de US$ 9,30, mas acima dos US$ 8 dos últimos anos.

Indústria reduz compras - No mercado interno, a queda na CBOT contribuiu para que a indústria pedisse menos pelo cereal: R$ 625 a R$ 630 a tonelada, enquanto o produtor quer R$ 650 a R$ 660 a tonelada. "Mas o triticultor segue sem interesse de venda na expectativa de preços mais altos", diz. Segundo o analista, aliada à mudança em Chicago, a chegada de trigo do Paraguai a R$ 615 a tonelada em Curitiba (PR) pode ser um fator baixista.

Brasil - A redução nos preços futuros do trigo e a expectativa de chuva nas lavouras brasileiras é que teriam influenciado a queda nas cotações da soja ontem em Chicago. O contrato com vencimento em janeiro encerrou o pregão a 942 centavos de dólar o bushel, valor 1,9% inferior ao de sexta-feira. Foi a segunda redução consecutiva no pregão. "A soja subiu muito e está muito sensível a correções", diz o analista da AgraFNP, Fábio Turquino Barros. Segundo ele, os fundos venderam 5 mil lotes. No mercado interno as tradings aproveitaram a baixa para tentar efetuar compras a preços mais pressionados, mas com a baixa oferta de soja quase não teve negócios e os preços ficaram estáveis a R$ 43 por saca em Paranaguá (PR). (Gazeta Mercantil)

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