CONTABILIDADE: Profissionais precisam adaptar-se às novas tecnologias

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O  crescente uso da tecnologia na área de contabilidade e a necessidade dos profissionais se adaptarem rapidamente às inovações deram o tom da palestra ministrada por Paulo Roberto da Silva, membro do Comitê Gestor do Plano Referencial SPED, pelo Conselho Federal de Contabilidade e RFB, na manhã desta quinta-feira (20/11), na sede do Sistema Ocepar/Sescoop-PR, em Curitiba. Convidado para falar sobre o funcionamento do Plano de Contas Padrão do SPED durante o curso de Fechamento de Balanços para Cooperativas Agropecuárias,  treinamento promovido pelo Sescoop-PR e que reúne mais de 90 participantes, Paulo Roberto da Silva foi bem taxativo: o contador que continuar trabalhando com papel está superado, desatualizado e fadado a ficar fora do mercado. "A área de informática está assumindo uma função muito maior dentro das empresas  e  o contador precisa, primeiro, aceitar essa nova realidade e, depois, ser  treinado para essas novas ferramentas que estão vindo (internet, assinatura digital, web service, certificação digital, etc). Daí a importância de treinamentos, como o que está acontecendo hoje em Curitiba, para que o pessoal possa se preparar e visualizar as novas oportunidades que estão surgindo, todas focadas na área tecnológica da contabilidade", afirma.

Paradoxo - Segundo ele, o Brasil possui atualmente duas realidades bem distintas na área contábil. "Por um lado, o país está bastante avançado tecnologicamente, especialmente na área de tributação, a ponto de tornar-se referência para muitos países. No entanto,  os profissionais e os escritórios de contabilidade ainda não estão suficientemente preparados para a escrituração digital. Eles ainda vivem na era do papel", disse. Um problema, de acordo com Paulo Roberto, que começa ainda durante o processo de formação dos profissionais.  "Os cursos universitários precisam ser alterados, para que as novas normas, que incluem o uso da informática, sejam incluídas nos currículos. Do jeito que está, os novos contadores já chegam ao mercado defasados e carentes de informações", frisa.

SPED - Ele lembra, por exemplo, que o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), em vigor desde 2006 e que de uma forma bastante simplificada pode ser explicada como a substituição dos livros da escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais, ainda gera muitas dúvidas. "Ele vem sendo implantado por módulos. Em relação ao SPED Contábil, um dos módulos exigidos, algumas empresas já entregaram o ano de 2007 e para outras a obrigatoriedade começou a partir de 2008. Já o SPED Fiscal começará a ser exigido a partir de janeiro de 2009", explica Paulo Roberto que, durante a palestra, esclareceu dúvidas de como serão incluídas as informações complementares no SPED Fiscal que possibilitem os registros dos Atos Cooperativos, nas adequações do  DE (contas específicas) / PARA (contas aglutinadoras do Plano Referencial para a RFB). Durante a palestra, Paulo Roberto da Silva, ainda abordou os seguintes assuntos: Plano de Contas Referencial, que já está em vigor para algumas atividades empresariais; Publicação de Balanço com utilização, inclusive, da Internet; e-Lalur - Livro de Apuração do Lucro Real, que irá substituir a atual DIPJ a partir de 2010; Nota Fiscal Eletrônica; e CT-e - Conhecimento de Transporte Eletrônico.

Conteúdos Relacionados