COODETEC: Centro de Pesquisas impressiona agricultores australianos

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Um dos maiores exportadores mundiais de trigo e carnes de boi e ovelha, o agronegócio australiano vive momentos de preocupação em relação ao futuro. "Ao contrário do Brasil, não temos novas áreas a desbravar e enfrentamos o impacto de mudanças climáticas que estão reduzindo consideravelmente os níveis de chuva. Projeções oficiais indicam redução de até 10% nas chuvas até 2030, com significativa redução da produção e exportação da cadeia agropecuária".

Avaliação - A avaliação é de Brian O´Connell, um dos mais respeitados jornalistas agrícolas da Austrália, que esteve em Cascavel esta semana, acompanhando um grupo de 30 médios e grandes agricultores daquele País, em visita técnica ao Centro de Pesquisas da Coodetec  -Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola-. Os visitantes foram recebidos pelo diretor-executivo da Cooperativa Central Ivo Marcos Carraro, pelo Coordenador de Marketing e Difusão Brasil Sul e Paraguai, de Soja e Trigo, Marcelo Rodrigues e pelo pesquisador e responsável pelo laboratório de Biotecnologia, Ivan Schuster.

Programas - Na Coodetec, eles conheceram detalhes operacionais dos programas de pesquisa em trigo, soja e milho, responsáveis pelo lançamento no mercado de mais de uma centena de novas cultivares e híbridos adaptados às condições de clima e solo das principais regiões produtoras do Brasil e América Latina.

Aspectos que impressionam - Segundo Brian O´Connell, dois aspectos foram os que mais chamaram atenção dos agricultores australianos. Um deles, a dimensão e a força das cooperativas brasileiras em todos os níveis. "Na Austrália, talvez por força da herança cultural, mas também pelo fato de predominarem as médias e grandes propriedades, as cooperativas são pouco expressivas na alavancagem do agronegócio. Eles se limitam à área de leite e carnes", observa.

Estrutura e investimentos - O segundo aspecto que impressionou os visitantes, está na estrutura e investimentos feitos pelas Cooperativas e Produtores, através da Coodetec, na geração de novas tecnologias e cultivares. Segundo ele, na Austrália, as pesquisas são conduzidas unicamente por entidades estatais. Os governos destinam recursos que são acrescidos por contribuições dos próprios agricultores (eles recolhem 1% da produção, compulsoriamente, para um fundo de pesquisa). Anualmente o setor de pesquisas agropecuárias recebe na Austrália, investimento equivalente a U$  100 milhões anuais. No Brasil, apenas a Coodetec, que não conta com respaldo de verbas governamentais, investe mais de U$ 10 milhões em seus projetos de pesquisa.

Laboratório - Em sua visita ao interior do Centro de Pesquisas da Coodetec, o grupo de visitantes demorou-se mais junto ao moderno laboratório de Biotecnologia. Com equipamentos de última geração, a Cooperativa desenvolver diferentes frentes de pesquisa. Numa delas, busca cultivares que agreguem características de resistência à deficiência hídrica ou estiagem. E falta de chuva é justamente o grande fantasma que ameaça o futuro australiano. (Imprensa Coodetec)

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