COOPERMIBRA II: Produtor corre grandes riscos quando usa sementes piratas
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Usar semente pirata é um risco muito alto para uma economia ilusória. Esse pode ser o resumo de um alerta que está sendo feito aos agricultores pela Coopermibra – Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil e a Abrasem – Associação Brasileira de Sementes e Mudas. “A semente pirata é um grande problema para a agricultura”, afirma o presidente da Abrasem, Ywao Miyamoto. O problema nesse caso refere-se tanto a falta de garantia de qualidade do produto quanto o perigo da proliferação de doenças. “O produtor acha que está economizando, por isso não vê o risco que está correndo”, ressalta o diretor vice-presidente da Coopermibra, engenheiro agrônomo Valdomiro Bognar, que é também diretor da Fundação Meridional e diretor regional da Apasem – Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas. Miyamoto e Bognar explicam que as sementes certificadas são produzidas mediante a observância de um rigoroso controle de qualidade exigido pelos órgãos governamentais que fiscalizam e atestam a origem do produto. Por esse motivo às sementes certificadas possuem marca registrada, responsável técnico, garantia de pureza, germinação, origem, cultivar e outros. Já as “piratas” são produzidas por cerealistas não autorizados que não oferecem nenhuma garantia sobre as mesmas.
Opção - Assim, se o produtor tiver qualquer problema com uma semente certificada ele pode recorrer para reverter o prejuízo. Se a semente for pirata ele perde tudo. Como diz o ditado, é comprar “gato por lebre”. Em média, comenta Miyamoto, a semente representa apenas 4% do custo total da lavoura. Por outro lado, o produtor está sujeito a colher 30% a menos. Só esse motivo já seria suficiente para evitar a semente pirata. Entretanto, o presidente da Abrasem alerta que o material clandestino também pode levar para lavoura plantas invasoras e doenças como o nematóide, cancro da haste, esclerotinea e outras. Para tratar esses casos o produtor pode gastar mais do que o valor supostamente economizado com as sementes piratas. “Cerca de 40% das perdas na lavoura é com doenças”, salienta. “Com isso vemos que não compensa plantar a sementes não certificadas”, complementa Bognar. O diretor vice-presidente da Coopermibra diz que além do risco no campo, quem usa semente pirata é considerado pela lei como um contraventor.
Crime - “Tem agricultor que não sabe que o uso da semente não certificada é crime grave”, comenta Miyamoto. Apesar de não haver um número, a Abrasem diz que há cerca de dois anos o uso de sementes piratas vem crescendo. Por esse motivo os ministérios da Agricultura e da Justiça estão realizando uma grande operação em todo país para combater o uso da semente pirata. Essa operação envolve a Polícia Federal, a Policia Rodoviária Federal e a Receita Federal. Bognar faz um outro alerta para os produtores que vai usar semente própria. “O produtor que vai usar material próprio originário de semente legalizada tem que comunicar os órgãos competentes (Secretaria da Agricultura)”, frisa. Quem não fizer isso poderá ter problemas futuros. Outro alerta é de que essa semente própria não pode ser vendida para vizinhos ou amigos. “Se essa semente for vendida para outros ela será considerada uma semente pirata”, esclarece Bognar. (Da Assessoria Coopermibra)