COOPERMIBRA: Soja verde não poderá ficar no campo depois de 15 de junho

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Os agricultores que arriscaram plantar a soja safrinha terão que colher suas lavouras antes do dia 15 de junho, caso contrário estarão sujeitos as penalidades previstas na lei do vazio sanitário do Paraná. O alerta é do chefe do Núcleo Regional da SEAB - Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Campo Mourão, Erickson Camargo Chandoha.

Advertência - "Em 2008, como foi o primeiro ano do vazio sanitário, muitos produtores não estavam completamente cientes da legislação, por esse motivo aplicamos somente advertências, foram cinco no total. Mas o período da advertência acabou e agora vamos adotar com rigidez o que está explicito na lei", salienta Chandoha. Em entrevista concedida ao programa "Bom Dia Campo, Bom Dia Região", da Coopermibra , Chandoha afirmou que em relação à soja não poderá existir nada em estado vegetativo a partir de 15 de junho no campo.

Ciclo - De acordo com o diretor vice-presidente da Coopermibra, engenheiro agrônomo Valdomiro Bognar, devido a menor incidência de luz solar nos períodos de outono e início de inverno, o ciclo da soja não deve fechar com menos de 110 a 120 dias. Portanto, somente quem plantou a safrinha antes do dia 15 de fevereiro deverá colher a soja com todo o seu ciclo de desenvolvimento completo. Quem plantou um pouco mais tarde terá que recorrer à dessecação no final do ciclo. No ano passado, os agricultores da região de Campo Mourão cultivaram cerca 6, 2 mil hectares de soja safrinha. Este ano o plantio ficou em aproximadamente 5,5 mil hectares.

Programa Estadual - O Paraná criou o Programa Estadual de Controle da Ferrugem Asiática no final de 2007, aderindo, assim, ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, que foi implementado pelo Ministério da Agricultura. E uma das medidas adotadas foi exatamente a implantação do "Vazio Sanitário" - um período de três meses onde não é permitida a presença de soja no campo, seja ela originária de plantio ou que tenha nascido voluntariamente de grãos que caem durante a colheita, ou no transporte da safra às margens de estradas e ferrovias (soja guaxa ou tigüera).

Medida importante - O vazio sanitário, explica Chandoha, é uma importante medida no combate a Ferrugem Asiática, doença que tem causado grandes prejuízos à cultura da soja e também o aumento no custo de produção, principalmente com a aplicação de fungicidas. Isso porque o fungo da Ferrugem só sobrevive e se reproduz na planta viva, ou seja, no seu estágio vegetativo (verde).

Objetivo - "O nosso principal objetivo não é punir o produtor, mas sim diminuir os focos de Ferrugem Asiática e, consequentemente, o uso de produtos agroquímicos. Isso só trará benefícios ao produtor, que reduzirá os custos de produção e ainda contribuirá com a preservação ambiental", finaliza. (Imprensa Coopermibra)

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