Coréia do Sul ratifica acordo com Chile

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O Parlamento sul-coreano ratificou ontem (16), o Tratado de Livre Comércio (TLC) com o Chile, após três tentativas infrutíferas devido ao boicote de políticos e à forte oposição de camponeses, que o consideram prejudicial para a agricultura do país. Apesar da clara oposição dos deputados procedentes das regiões rurais, a autorização foi obtida com uma maioria ampla de 162 votos a favor e 71 contra numa votação aberta. Os agricultores sul-coreanos consideram o tratado prejudicial para todo o setor agropecuário do país, e, enquanto o pacto era votado, cerca de 3 mil se concentraram nas proximidades do Parlamento para protestar contra a ratificação do TLC.

Fim da agricultura - Para os agricultores, a ratificação é similar ao "extermínio da agricultura sul-coreana", razão que utilizaram para tentar entrar no edifício da Assembléia Nacional Legislativa, ameaçando iniciar uma campanha eleitoral contrária aos deputados que apoiaram o tratado. Em contrapartida, as organizações empresariais se mostraram satisfeitas e disseram esperar que o TLC impulsione as exportações das manufaturas sul-coreanas à América Latina. Os empresários reiteraram que a assinatura do pacto faz parte da corrente irreversível da estrutura econômica mundial, processo do qual a Coréia do Sul deve participar para que sua economia, muito dependente do comércio exterior, possa sobreviver. O ministro sul-coreano da Agricultura, Huh Sang Man, prometeu subsídios aos agricultores para minimizar possíveis danos decorrentes do TLC, com orçamentos especiais de 1,280 bilhão de dólares para tal finalidade.

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