CPMF: Quanto o dinheiro vira pó
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No Paraná Cooperativo de ontem publicamos que o brasileiro trabalha até 9 dias apenas para pagar a CPMF - A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, que já não é mais provisória. Hoje publicamos a tabela com as profissões mais afetadas pelo tributo. Alguns profissionais pagam mais que outros porque a CPMF incide sobre os insumos utilizados e sobre os tributos pagos pelos profissionais. Infelizmente o estudo não mostra quantos dias o agricultor trabalha para pagar o tributo, pois ele utiliza grande quantidade de insumos de alto custo, cuja CPMF já está embutida: máquinas, combustíveis, fertilizantes, defensivos. O fato é que ninguém escapa da repercussão da CPMF na sua vida econômica. Mesmo quem não tem conta bancária e só mexe com “dinheiro vivo”.
Após 263 transações, o fim – A CPMF foi instituída em 1993 e deveria durar apenas dois anos. Seus recursos deveriam ser aplicados na saúde pública, que estava na penúria. Mais tarde a taxa subiu de 0,2% para 0,36%. Os governos, de Itamar Franco a Lula, acharam o imposto “democrático”, pois pega todo mundo na matemática do sistema financeiro. Assim, gota a gota, depois de 263 transações pelo banco, qualquer recurso passa integralmente para as mãos do governo. Em outras palavras, vira pó. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o brasileiro trabalha, em média, 7 dias no ano só para pagar a CPMF.
ATIVIDADE PROFISSIONAL |
Dias de trabalho para pagar a CPMF em 2007 |
Dias de trabalho para pagar a CPMF em 1997 |
Taxista |
9 |
4 |
Caminhoneiro |
9 |
4 |
Empregado setor privado |
3 |
1 |
Funcionário público |
4 |
1 |
Profissionais do setor de saúde |
6 |
2 |
Advogado, contador, administrador etc |
6 |
2 |
Engenheiros e assemelhados |
5 |
2 |
Cabeleireiros, manicures, etc. |
4 |
2 |
Serralheiros, mecânicos |
6 |
2 |
Cantores e outros artistas do setor |
6 |
2 |
Vendedores autônomos |
4 |
3 |
Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.